sexta-feira, dezembro 05, 2014

Presidente da Liga Norte posa nu para provar que é a nova sensação da política italiana



Escreve o Publico num texto da jornalista RITA SIZA que “o presidente da Liga Norte, Matteo Salvini, encontrou uma forma original para se afirmar como “a nova sensação” da política italiana e melhor se distinguir do primeiro-ministro e seu adversário político, Matteo Renzi: apareceer praticamente nu, na capa da revista Oggi. “Salvini desnudo”, confirma o título, com uma remissão para a “entrevista exclusiva” e as “fotos incríveis” no interior. Na capa da revista, Matteo Salvini aparece deitado numa cama, envergando apenas uma gravata verde; nas páginas de dentro posa já completamente nu, embora debaixo de um edredão branco, com olhar de galã. O político de 41 anos confessa já ter recebido elogios e piropos no Facebook, mas não é como um modelo de perfeição estética que se entende. “Como vê, sou um urso. Mesmo a barba, que começou por preguiça”, confessa o político peludo. Logo no início do artigo, Salvini afirma-se como “a alternativa a Renzi”. Os dois Matteos, que saltaram para a ribalta política quase em simultâneo – um como primeiro-ministro e presidente do Partido Democrático, e o outro como o novo líder da Liga Norte, o partido por vezes descrito como de extrema-direita que participou nos governos de Berlusconi – são apresentados como o rosto da renovação e mudança geracional da política italiana: é, aparentemente, a única coisa que têm em comum. Se Renzi pegou num Partido Democrático desmoralizado pela instabilidade governativa após as eleições legislativas de Fevereiro de 2013, Salvini subiu à liderança da Liga do Norte quando o patriarca do partido e líder histórico do movimento conservador italiano, Umberto Bossi, enfrentava acusações judiciais no âmbito de um caso de corrupção e financiamento ilegal que envolvia verbas públicas e dinheiros da Liga. A sua eleição, com 82% dos votos, foi duplamente inédita: foi a primeira vez que o líder foi escolhido numas primárias e não foi um dos fundadores do movimento. Com 41 anos, Matteo Salvini é tão polémico quanto Bossi, mas tem um discurso muito diferente do seu antecessor. Os tópicos centrais da sua intervenção política assentam na oposição feroz ao euro e à União Europeia, e também contra a imigração – dois temas que numa Itália que vive uma conjuntura de crise económica e de pressão migratória se têm revelado enormemente populares. É também um dos aliados da francesa Marine Le Pen, na tentativa de unir as forças de extrema-direita e eurocépticas europeias. Ainda neste fim-de-semana este no congresso da Frente Nacional, em Lyon. Nas sondagens, Salvini disparou para os píncaros, e é agora o segundo político mais popular do país, atrás de Matteo Renzi. E no seu primeiro grande teste eleitoral como líder partidário, numas eleições regionais na Emilia-Romagna, um território tradicionalmente dominado pela esquerda, alcançou o melhor resultado de sempre do seu partido: 20%. Na interpretação dos analistas, o jovem líder conseguiu canalizar para a Liga do Norte o voto de protesto contra a austeridade”