Diz o Jornal I que "a dúvida está em todo o lado. A campanha está no fim, mas os eleitores revelam muitas dúvidas sobre que escolhas fazer nas próximas eleições. As mulheres estão mais indecisas que os homens, o norte do país interroga-se mais sobre em quem votará no domingo que o centro ou o sul e a classe média faz mais contas que as classes alta ou baixa. Em traços largos, é este o panorama de indecisos, num país que ainda não recebeu dos partidos as respostas suficientes para definir o seu voto nas europeias. O norte, tradicionalmente mais conservador, tem mais de um terço dos seus eleitores (35,9%) às voltas para definir o seu voto. As maiores certezas vêm do Algarve e do Alentejo - fazem-se sentir o peso do PSD, num caso, e do PCP, no outro. Lisboa tem ainda um quarto dos seus eleitores indecisos sobre o sentido de voto. A distância entre os dois géneros é significativa. É, no mínimo, curioso que numas eleições em que apenas uma mulher surge na liderança de uma lista (considerando apenas os partidos com lugar em Bruxelas), as mulheres estejam bastante mais indecisas que os homens - 57,3% contra 42,7%. As gerações estão mais equilibradas na dúvida. O maior destaque vai para os 38,8% dos inquiridos que têm entre 35 e 54 anos e são os menos convictos da decisão que vão tomar. Os eleitores com mais de 55 anos (30,8%) e os eleitores entre os 18 e os 34 anos (30,4%), ainda que bastante indecisos, apresentam menos dúvidas neste momento"
