Li no Jornal I que “além disso, o NECEP
sublinha que a entrada em vigor das "medidas discricionárias previstas no
Orçamento do Estado de 2014 pode ter tido algum impacto no abrandamento da
recuperação". A Universidade Católica considera que os "dados
desfavoráveis" da economia portuguesa hoje conhecidos "não colocam em
causa" a recuperação da economia, mas alertam que "o abrandamento das
exportações é a informação mais preocupante". O Produto Interno Bruto
(PIB) registou, em termos homólogos, um aumento de 1,2% no primeiro trimestre,
mas caiu 0,7% face ao trimestre anterior, de acordo com a estimativa rápida do
Instituto Nacional de Estatística (INE). O Núcleo de Estudos de Conjuntura da
Economia Portuguesa (NECEP), da Universidade Católica, refere que "o
abrandamento das exportações de bens e serviços, bem como a aceleração das
importações explicam este comportamento menos favorável do PIB",
destacando, no entanto, que "a procura interna terá evoluído de forma mais
favorável, especialmente em termos de investimento".
Os economistas do NECEP afirmam que "estes
dados desfavoráveis não colocam em causa a hipótese de recuperação da economia
portuguesa ao longo de 2014", mas advertem que esta hipótese é agora
"menos intensa face ao anteriormente previsto". Para os
investigadores, "o abrandamento das exportações é a informação mais
preocupante, embora haja efeitos de deflatores, de calendário de base e mesmo
operacionais que permitem tratar este dado como uma oscilação pontual num
quadro geral favorável". Além disso, o NECEP sublinha que a entrada em
vigor das "medidas discricionárias previstas no Orçamento do Estado de
2014 pode ter tido algum impacto no abrandamento da recuperação". "Os
sinais de crescimento são ainda ténues, apesar de se manterem, e a existência
de sinais contraditórios do lado das exportações, investimento e consumo
privado permite antever um ano de 2014 sujeito a oscilações substanciais em
termos das contas nacionais trimestrais", concluem os economistas da
Católica”.