quinta-feira, abril 21, 2011

Tarde demais: Direcção do PS decidiu não convidar Teixeira dos Santos para integrar listas de deputados

Garante o Jornal de Negócios que "Vieira da Silva disse que “não se colocou a questão de Teixeira dos Santos ser convidado para integrar as listas do PS”. O dirigente socialista Vieira da Silva, que coordenou o processo de elaboração de listas de candidatos a deputados pelo PS, afirmou hoje que o ministro das Finanças não foi convidado para integrar as listas dos socialistas.Vieira da Silva falava aos jornalistas no final da Comissão Política Nacional do PS, que aprovou as listas de candidatos a deputados, depois de interrogado pelos jornalistas sobre os motivos das ausências nas listas de Teixeira dos Santos e de Luís Amado, ambos ministros de Estado do atual Governo.Nas eleições legislativas de 2009, Luís Amado foi cabeça de lista por Leiria e Teixeira dos Santos "número dois" pelo Porto.Perante esta questão relativa à ausência dos dois membros do Governo, Vieira da Silva separou claramente os casos do ministro de Estado e das Finanças e do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.“Em particular relativamente ao meu camarada Luís Amado, que é membro do PS, tenho a dizer que ele já há muito tempo tinha manifestado a sua vontade de não continuar com este tipo de intensidade e de inserção na vida política”, declarou o ainda ministro da Economia.Já no que respeita ao ministro de Estado e das Finanças, Vieira da Silva disse que “não se colocou a questão de Teixeira dos Santos ser convidado para integrar as listas do PS”.“Um partido faz sempre opções. São convidadas umas centenas de pessoas e muitos milhares não são convidadas” alegou o dirigente socialistas.Perante a insistência dos jornalistas sobre a ausência do ministro de Estado e das Finanças, Vieira da Silva ainda adiantou que Teixeira dos Santos “é um membro do Governo com enorme importância e dessa forma tem uma enorme colaboração com o PS”.“Mas todas as coisas na vida mudam. As coisas começam e acabam. É um acto normal ter acabado”, acrescentou. Sobre as ausências dos deputados Strecht Ribeiro e Marques Júnior, Vieira da Silva referiu que a elaboração das listas de deputados “tem uma limitação ao nível do número de candidatos”.“Há sempre escolhas que são feitas. Estas são primeiro feitas em sede das federações e depois uma parte que cabe ao secretário-geral do PS. Strecht Ribeiro e Marques Júnior deram um contributo significativo para a vida do PS, não foram opções políticas, mas apenas uma questão de renovação”, declarou.Interrogado sobre o motivo que levou o PS a romper o acordo com a corrente democrata-cristã do Movimento Humanismo e Democracia (MHD), Vieira da Silva alegou que esse movimento continuará apesar disse a ter uma colaboração com o seu partido.“Houve uma análise comum que, neste momento, não se justificava uma renovação do acordo político de incidência parlamentar. O PS que a sua opção de apresentação às eleições se deveria centrar mais na sua dinâmica partidária com abertura aos independentes”, justificou.Com o fim do acordo com o MHD abandonam as listas de deputados pelo PS as independentes Maria do Rosário Carneiro e Teresa Venda".

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