Li no Correio da Manhã que "José Sócrates disse este domingo que o Governo “assumirá a responsabilidade de liderar as negociações sobre a ajuda externa” com as entidades financeiras da União Europeia e espera que o partido e o Presidente da República, Cavaco Silva, participem no processo. No discurso de encerramento do Congresso do PS em Matosinhos, o líder do Governo voltou a falar da “evitável crise política”, dizendo que a base destas negociações será o Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC) apresentado pelo Governo e que levou depois à sua demissão. “Quão triste foi chumbar o PEC4 e três semanas estar a negociar com base nesse projecto”, disse. “Da nossa parte não haverá nenhum jogo do empurra. Só queremos que corra bem para Portugal”, acrescentou. “Não encontrarão o PS escondido atrás nos arbustos ou assobiar para o lado. Encontrarão o PS e o Governo sem hesitações a defender os interesses do País”, realçou. O primeiro-ministro voltou a criticar a falta de esclarecimento por parte do PSD sobre as medidas que aplicará caso vença as Legislativas de 5 de Junho. José Sócrates sustentou: “A nossa agenda não é uma caixinha de surpresas, feita de ideias vagas e palavras vazias. Os portugueses sabem bem onde encontrar o Partido Socialista.” O PSD, no seu entender, foge do compromisso, “por não por estarem a pensar no País mas apenas a pensar nas eleições”. Num discurso onde a crise política voltou a marcar o tom, Sócrates reiterou que esta era “totalmente evitável” e acusou a oposição de se unir “numa aliança contra-natura” com o objectivo de “destruir”. “Os autores desta crise preferem que não se fale nisso. Quem fala assim é porque tem a consciência pesada”, acrescentou, para dizer logo de seguida: “Entao o povo não pode responder com o voto aos causadores da crise política?” O líder do PS sublinhou igualmente que as próximas eleições devem trazer um governo maioritário e forte”.
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