sábado, abril 23, 2011

Grécia pediu ajuda há um ano

Lembra a TVI que "o pedido oficial da activação do apoio financeiro à Grécia completa um ano já este sábado, formalizado entre os líderes europeus e o Fundo Monetário Internacional no valor de 110 mil milhões de euros.Com uma dívida pública de quase 300 mil milhões de euros e os juros da dívida a superarem países como as Filipinas, a Grécia enfrentava, há um ano, uma situação orçamental muito complicada que ameaçava espalhar-se a Portugal e Espanha, forçando a União Europeia a avançar para um apoio financeiro. Mas só o primeiro país pediu ajuda, depois de a Irlanda ter feito o mesmo.Olhar para trásNa Grécia, a ajuda externa foi inevitável po causa do aumento dos custos da dívida que o primeiro-ministro grego George Papandreou considerou, na altura, estarem a níveis insustentáveis e que prejudicavam os esforços do país em reduzir o défice orçamental, mais de quatro vezes superior ao permitido no Pacto de Estabilidade e Crescimento.A Grécia foi, assim, o primeiro país da zona euro a ser socorrido pelo Fundo Monetário Internacional: 110 mil milhões de euros, em três anos, a uma taxa média de 5,0 por cento, dos quais 30 mil milhões de euros a disponibilizar pelo FMI e 80 mil milhões a cargo da Zona Euro.Caso grego: as contrapartidas da ajudaEm Abril de 2010, o país recorreu directamente à ajuda do FMI porque não havia ainda um fundo de resgate europeu, e entre as medidas de austeridade negociadas e posteriormente aplicadas incluíam-se acções em quatro grandes sectores: cortes nos salários, reestruturação das pensões, uma reforma fiscal e um plano de privatizações.Nos salários, o governo grego congelou os ordenados a todos os trabalhadores do sector público, fez cortes em alguns escalões e despediu funcionários públicos a contrato.Os subsídios de Natal e de Férias - também conhecidos por 13.º e 14.º mês - foram eliminados para os rendimentos mais elevados e reduzidos nos rendimentos menores.Por outro lado, o Governo aprovou legislação que autoriza as empresas privadas a duplicarem o número de pessoas que poderiam despedir por mês (passando de 2% do quadro para 4%).Um ano depois, a incerteza face a estabilização das finanças gregas mantém-se com os rumores em torno da necessidade de reestruturação da dívida helénica. E o clima social não é o melhor: somam-se greves atrás de greves no país.Apesar de os termos do pacote de ajuda externa à Grécia preverem que o país deverá regressar aos mercados da dívida em 2012, isso poderá ser irrealista. Segundo a agência de notação financeira Fitch, «a montanha de dívida» grega significa que os investidores «não têm confiança» nos prazos".

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