Escreve o jornalista Tolentino Nóbrega, correspondente do Publico no Funchal, que "o provedor do telespectador Paquete de Oliveira criticou o "tratamento diferenciado" dado a Carlos Cruz que “coloca a RTP sobre a acusação de parcialidade e de exercer um ´proteccionismo corporativo´ descabido”.Em parecer emitido na quinta-feira, antes do conselho de administração da RTP e da ERC ter tomado posição sobre a cobertura da sentença e julgamento do caso Casa Pia, Paquete de Oliveira considera que aquela “instituição de serviço público, não deve ser veículo dos ataques deferidos à instituição Justiça, sem dar lugar ao contraditório da parte dos magistrados e investigadores envolvidos neste processo, aliás, nas circunstâncias processuais, impedidos de o fazerem”. O provedor da RTP discorda e lamenta que “o tratamento deste assunto não esteja a obedecer a parâmetros de equidade”, privilegiando, com efeito, Carlos Cruz, “provavelmente por critérios editoriais”. No entanto, reconhece que, “no relevo mediático, que este caso sempre teve, desde o surgir da primeira notícia, Carlos Cruz, indevidamente, foi sempre a pessoa mais visada”. "É óbvio que Carlos Cruz é a figura mais mediática neste processo. Mas essa qualidade, por lhe dar direito e condições singulares à livre expressão de opinião em sua defesa e nas críticas que emite em relação ao processo, ao julgamento e sentença, não lhe confere o direito de ser excepcionado relativamente aos outros arguidos / condenados, às vítimas e seus advogados ou assistentes", escreve Paquete de Oliveira. Em funções até à nomeação do seu substituto, o ainda provedor revela ter recebido dezenas de mensagens a protestar contra a forma como a RTP tem tratado esta questão, “em particular porque entendem os telespectadores estar a ser dado um ´tratamento preferencial´ de defesa perante a opinião pública ao Sr. Carlos Cruz, antigo profissional desta empresa”. Reconhecendo que normalmente não se precipita a reagir a “estas questões de grande melindre social”, informa que enviou uma nota interna ao director de Informação da RTP, dando conta dos protestos dos telespectadores"
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