sexta-feira, abril 23, 2010

A pouca-vergonha nas viagens a Paris (II)

Claro que o Presidente da Assembleia da República, depois da asneirada, estava à espera de comentários como este, publicado hoje no Correio da Manhã e da autoria do colunista João Pereira Coutinho: "Inês de Medeiros foi eleita para o Parlamento pelo círculo de Lisboa. Mas com a família a viver em Paris, surgiu a questão sacramental: quem paga as viagens semanais da deputada? A resposta evidente seria: a própria. Inês discordou. E Jaime Gama, munido com um apropriado parecer ‘jurídico’, concorda. Os portugueses que paguem, disse Gama. Mas avisou: o caso não abre precedentes. O despacho presidencial é como certos vestidos de alfaiate: peça única para uma cliente só. Se amanhã um deputado eleito por Lisboa instalar a família nas Caraíbas, não há borlas para ninguém. Injusto. Resta acrescentar que o Conselho de Administração da Assembleia aprovou o despacho com votos favoráveis do PS e contra do PSD e do Bloco. O PCP não apareceu (há burgueses e burgueses). E o CDS ficou-se pelo grotesco: absteve-se. E Inês? Inês devia aproveitar o seu estatuto singular para dar a volta ao mundo, saltitando de capital em capital. E com os portugueses alegremente a pagar. O país pode caminhar para o abismo, mas é importante que, no meio da desgraça, haja alguém que se divirta".

Sem comentários: