“As sanções são o mecanismo mais relevante e eficaz no mundo de hoje. (…) Vejamos como os governos e instituições mais díspares se uniram para sancionar severamente o genocídio cometido por Vladimir Putin contra o povo ucraniano, e como, graças às sanções aplicadas ao regime 'madurista' limitou a sua capacidade de financiamento, impedindo-o de levar a cabo os seus planos expansionistas”, pode ler-se na carta dirigida a Joe Biden.mSegundo estes opositores “as necessidades conjunturais de determinados fatores pretendem converter as instituições norte-americanas em encobridoras do assassínio a sangue-frio de centenas de cidadãos que saíram à rua apenas para exigir liberdade e reclamar pela detenção, sem julgamento, de mais de 300 venezuelanos”.
“Não permita que o país [os EUA] paladim dos direitos humanos no planeta, se torne cúmplice destes crimes, pois não haverá narrativa eficaz nem suficiente propaganda paga que seja capaz de esconder esta realidade", sublinha-se na missiva. No documento lê-se que a oposição espera que se mantenham e aprofundem “as sanções personalizadas contra os predadores de bens públicos e contra os responsáveis por crimes contra a humanidade na Venezuela”. Por outro lado, sublinha-se que é “uma obrigação imperativa tornar pública a preocupação com os riscos de as instituições norte-americanas acabarem por apoiar um dos regimes mais criminosos que a história da humanidade conhece, (…) entrincheirado há 23 anos no hemisfério ocidental, em conluio com o eixo russo, cubano e iraniano”.
O pedido foi feito depois de em 14 de abril ter sido divulgada publicamente uma carta de um grupo de 25 políticos, economistas e ativistas sociais, que pediam a Joe Biden que aliviasse as sanções internacionais contra a Venezuela.
“Exortamos ao Governo dos Estados Unidos a negociar posições no melhor interesse do povo venezuelano e a ultrapassar as pressões políticas internas nos EUA que até agora infelizmente têm dificultado o progresso das negociações”, apelou esse grupo de 25 personalidades, numa missiva que foi também dirigida aos representantes do setor privado e à sociedade civil venezuelana.
No documento, os signatários, solicitaram ainda ao Governo norte-americano para insistir em negociações substantivas e produtivas para resolver a crise venezuelana” e instavam o Governo venezuelano, os partidos políticos e a Plataforma Unitária da Venezuela, da oposição, “a retomar os processos de negociação sem demora”.nNo documento defendeu-se também que, “embora as sanções económicas não estejam na origem da emergência humanitária na Venezuela, exacerbaram gravemente as condições para o cidadão médio venezuelano”.
“A grande maioria da população vive na pobreza, com insegurança alimentar e exposta a severas deficiências de saúde. A eletricidade, o saneamento e a qualidade da água encontram-se num estado de profunda deterioração. As negociações devem colocar as questões humanitárias no centro e fazer avançar a sua solução com a urgência que requerem”, sustentaram (Expresso)
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