Os investimentos públicos em infraestruturas previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para 2021-2026 já estão a ser pressionados pela escalada de preços, confirmou ao Expresso fonte oficial do gabinete da ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva. “A Europa está a atravessar uma fase de subida generalizada dos preços, não só no sector da construção como em todos os segmentos do mercado, devido à rutura das cadeias logísticas de abastecimento de matérias-primas e da escassez de mão de obra e, mais recentemente, dos efeitos da crise na Ucrânia, particularmente nos sectores dos combustíveis e da energia”, enquadra o gabinete da ministra. “Estes impactos deverão fazer-se sentir em várias medidas do PRR, com especial incidência naquelas que envolvem obra pública em infraestruturas.”
Questionada sobre a necessidade de mobilizar mais empréstimos da ‘bazuca’ ou de rever os projetos e prazos do PRR face à escalada dos preços agravada pela guerra, a mesma fonte responde que “o PRR está no seu primeiro ano de execução, sendo uma oportunidade única para realizar investimentos e reformas transformadoras”. Mas alerta: “O Governo está a acompanhar muito proximamente a execução de todas as reformas e investimentos do PRR, procurando identificar riscos e mitigá-los de forma a garantir a execução do PRR, socorrendo-se dos instrumentos que tiver à sua disposição. (Expresso)
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