Os chefes da diplomacia de Israel, Egito, Emirados Árabes Unidos, Marrocos e Bahrain lançaram esta segunda-feira as bases para a criação de uma aliança militar, uma ‘NATO do Médio Oriente’, segundo o El País. A cimeira de Negev, no sul de Israel, contou com a presença do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que também participou na coordenação desta estratégia que tem como principal objetivo dissuadir o Irão de potenciais ações expansionistas.
Israel, Egito, Emirados Árabes Unidos, Bahrain e Marrocos pretendem estabelecer desta forma uma “nova arquitetura regional”. O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Yair Lapid, disse que os planos para criar uma aliança militar regional servem para enfrentar o “Irão e as milícias que lhe estão associadas”. A cimeira inédita resultou num fórum estável de “cooperação em matéria de segurança, inteligência e tecnologia”, e foi descrita como um marco de “progresso económico e tolerância religiosa”.
Na conferência de imprensa conjunta que se seguiu à cimeira, Lapid frisou que “esta nova arquitetura de capacidades partilhadas que estamos a construir vai intimidar os nossos amigos comuns”. Na imprensa israelita destaca-se que a futura aliança militar será principalmente marítima e contra as ameaças marítimas e aéreas, de forma a neutralizar a crescente ameaça dos drones.
As duas ausências mais notadas nesta cimeira foram as da Autoridades Palestiniana e da Jordânia. Embora a Jordânia tinha sido convidada para marcar presença na histórica cimeira de Negev, o rei Abdullah II preferiu viajar para a Palestina e encontrar-se com o presidente da Autoridades Palestiniana, Mahmud Abbas, de forma a reafirmar o apoio da Jordânia à causa palestiniana (Multinews, texto do jornalista Fábio Nunes)
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