sexta-feira, abril 15, 2022

A saga da TAP: dos 1,6 mil milhões de prejuízo em 2021 ao ministro que fala em...lucros a prazo!

 
***

Lucros a prazo....

Pedro Nuno Santos diz que "o plano de reestruturação da TAP está a ser cumprido e os resultados estão a ser melhores até do que estava previsto". Garante que "voltará a dar lucro". O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, não queria comentar o tema TAP, mas acabou por o fazer no Porto. “Disse que não ia dizer nada sobre a TAP, mas não resisto. É a vida”. Pedro Nuno Santos assegura que “o plano de reestruturação da TAP está a ser cumprido e os resultados estão a ser melhores até do que estava previsto”. Para o ministro das Infraestruturas e da Habitação, “estamos no caminho certo para que a empresa possa ser viável e continuar a servir a economia nacional”.

Interpelado pelos jornalistas à margem de uma cerimónia de assinatura de acordos na área da habitação, na câmara do Porto, o ministro frisou que “há um plano de reestruturação que foi negociado com Bruxelas e que está a ser cumprido e é esta a primeira apreciação que se faz perante a a apresentação de contas da TAP”. Mais, garantiu: “Se o plano de restruturação for cumprido com todas as suas metas, isso quer dizer que a TAP em pouco tempo voltará ao lucro, ou seja, será uma empresa que dará lucro”.

O governante acredita que “não vai haver nenhum problema. Antes pelo contrário, a TAP passará a ser um ativo importante que contribui para a economia nacional”.

Avisou, contudo, que não se pode esquecer que “apesar de a TAP ser uma empresa com capitais públicos, tem uma administração e toma decisões de gestão que devem ser respeitadas no quadro de autonomia da sua equipa”. Por isso, notou: “Sobre as decisões de gestão não falo. Não sou a pessoa mais indicada para o fazer”.

Recorde-se que o aumento no número de passageiros transportados e de receitas não evitou um crescimento dos prejuízos da TAP, que somaram 1.599,1 milhões de euros em 2021, ultrapassando os 1.230 milhões de 2020. Este agravamento deveu-se aos custos não recorrentes de 1.024,9 milhões com o encerramento da Manutenção e Engenharia no Brasil no quarto trimestre (ECO digital texto da jornalista Susana Pinheiro)

Sem comentários: