Apesar das promessas
do Acordo de Paris, os gases com efeito estufa, responsáveis pelas alterações
climáticas, atingiram níveis de concentração recorde na atmosfera em 2018, com
uma subida superior à média dos 10 anos anteriores. O alerta foi dado pela
Organização Meteorológica Mundial (OMM), a uma semana da abertura da COP25, a
cimeira da ONU sobre o clima, que arranca a 2 de dezembro em Madrid. Petteri
Taalas, secretário-geral da OMM: "De momento, 85% da produção global de
energia provém de combustíveis fósseis - carvão, petróleo e gás - e apenas 15%
é energia nuclear, hidráulica e renováveis. Para termos sucesso na
implementação do Acordo de Paris, devemos inverter estes números nas próximas
décadas." A organização salienta que "não há sinais de que vá haver
uma desaceleração, e muito menos uma diminuição, da concentração dos gases com
efeito estufa na atmosfera" e que "as gerações futuras terão que
enfrentar consequências cada vez mais graves das alterações climáticas".
Petteri Taalas: "Tradicionalmente costumava ser a Europa e a América do
Norte, os Estados Unidos, mas a China tornou-se no principal emissor. Mas
também tem havido um forte crescimento das emissões em países fora da OCDE e
isso demonstra que se queremos resolver o problema, é necessário um esforço
global." No relatório anual, a agência das Nações Unidas indica que a
concentração média de dióxido de carbono atingiu 407,8 partes por milhão em
2018, mais 0,56 por cento do que em 2017. Uma concentração 146% superior à
verificada na época pré-industrial. Os níveis de metano também atingiram um
máximo histórico, chegando a 259% dos níveis de 1750.
Sem comentários:
Enviar um comentário