sexta-feira, abril 12, 2013

Opinião: "O país onde é chique ser pedófilo"

"Não, não é piadinha às elites que cirandavam pela Casa Pia em busca da sodomia portátil. Estou a falar do Reino da Holanda, esse país que confunde, com demasiada frequência, coolness com relativismo. Os holandeses querem ser tão moderninhos que acabam numa barbárie legalmente consentida. Repare-se, por exemplo, na Associação Martijn. Que tipo de chafarica é esta? É o clube de chá dos pedófilos, a associação recreativa dos sodomitas de criancinhas. Em 2012, um tribunal decretara a extinção desta associação, mas agora um tribunal superior anulou essa proibição. Porquê?
Porque estava em causa, reparem bem, o direito à tolerância. O tribunal de Leewarden diz que, apesar de contrário à ordem pública, o trabalho da associação não representa perigo de desintegração da sociedade. Que bonito. Mais uma vez, a tolerância é usada como argumento para permitir uma coisa, como se diz?, nojentinha e intolerante (só para usar dois eufemismos). O direito à tolerância não pode ser uma técnica legal desligada daquilo que x faz ou fez. Um sodomita de crianças não tem direito à tolerância, não pode ter. O tribunal está à espera do quê? De um clube de chá a discutir teoricamente a pedofilia? Pois claro, estamos apenas a falar de uma pedofilia abstracta, talvez académica. Como é óbvio, um grupo que conta com condenados por abuso sexual de menores vai só fazer umas notas de rodapé.
À parte da nojentice do assunto, a argumentação do chefe da quadrilha, Martijn Uittenbogaard, chega a ser cómica. O indivíduo diz que a relação sexual entre adultos e crianças é porreirinha desde que seja consentida. E eu a julgar que o consentimento é um termo inexistente na relação entre um adulto de 50 anos e uma criança de 13. Pior: além de não reparar neste pormenor moral e legal, Uittenbogaard diz que esse consentimento existe em abundância no estado da natureza. Parece que, quando estão em pelota, as crianças pensam logo em amassos bíblicos com um adulto. Na cabeça deste indivíduo, a Lolita multiplicou-se como uma praga de gafanhotos. Ele vê Lolitas e Lolitos, coitados, em todo o lado, em todas as casas, nos parques infantis, nas escolas preparatórias. Não conseguem prendê-lo? Sempre podem interná-lo" (texto de Henrique Raposo, Expresso com a devida vénia)