terça-feira, abril 02, 2013

Barómetro Jornal I/Pitagórica:carne de cavalo não abala confiança dos portugueses

Escreve o Jornal I, num texto do jornalista Pedro Rainho, que "o barómetro i/Pitagórica revela que mais de metade dos portugueses continua a confiar na informação apresentada nos produtos que compra. Segundo a sondagem, 56,6% dos inquiridos revela confiar na informação presente nas etiquetas dos produtos que compra, depois de em Fevereiro terem sido detectados vestígios de carne de cavalo em embalagens de carne de vaca. Este resultado sai reforçado pela opinião expressa pelas mulheres, pelos inquiridos que têm entre 18 e 34 anos e pelos participantes que pertencem às classes sociais mais elevadas. Em sentido contrário, quase 40% dos inquiridos admite que a descoberta de carne adúlterada em embalagens de hambúrgeres congelados e lasanhas - em supermercados de vários países europeus, entre os quais Portugal, há pouco mais de um mês - abalou a sua confiança nos produtos disponíveis.
ASAE CUMPRE
A polémica ganhou dimensão europeia depois de ter sido detectada uma adúteração de produtos embalados na cadeia de supermercados Real, na Alemanha.As lasanhas da marca TiP deram o mote para que a União Europeia emitisse indicações aos vários países, no sentido de que se realizassem análises ao ADN dos produtos postos à venda. Em Portugal, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) partiu para o terreno e detectou vestígios de carne de cavalo em 13 amostras de embalagens de lasanhas, canelones, hambúrgueres e almôndegas de produtos produzidos e Portugal. O barómetro i/Pitagórica revela agora que a maioria dos inquiridos (69,4%) dá agora à ASAE nota positiva no cumprimento das funções de fiscalização. “As apreensões foram efectuadas em estabelecimentos industriais de preparação, embalamento e distribuição de carnes no comércio a retalho” e “no comércio de retalho e distribuição”, referiu nessa altura a ASAE. Na sequência da acção de fiscalização, a autoridade alimentar instaurou cinco processos-crime, mas afastou a possibilidade de ter sido posta em causa a saúde pública. Ainda assim, foram retirados do mercado cerca de 79 mil quilos de carne processada e 18 839 embalagens de alimentos produzidos fora do país. Porém, para cerca de um quinto dos inquiridos nesta sondagem (22,3%), o organismo falhou nas suas responsabilidades de fiscalização".