Até sábado passado era apenas mais uma adolescente iraniana, mas a sua morte violenta e um telemóvel com câmara de filmar mudou tudo. Dada a pungência das imagens e a forma como o vídeo tem alastrado pela Internet, Neda poderá tornar-se no ícone da sublevação que tem dominado a agenda noticiosa internacional. Neda Soltan (ou Soltani, de acordo com outros testemunhos) participava numa das manifestações de oposição à eleição de Mahmoud Ahmadinejad pelas ruas de Teerão quando foi baleada no peito. De acordo com relatos colocados na Internet, estava morta menos de dois minutos depois. Mas a informação que chega sobre esta morte é ainda escassa e contraditória. Um relato, prestado alegadamente por um médico que a tentou socorrer no chão, garante que o disparo fatal foi intencional, feito por um atirador furtivo a partir de um telhado de um prédio da Rua Salehi. Outro testemunho publicado no Twitter acusa as milícias islâmicas Basiji, assegurando que o disparo foi feito por um operacional que passava de motorizada na rua Karegeh. A CNN, o site do New York Times e a CBS difundiram as imagens que se crêem ser os últimos segundos de vida da jovem (in Publico)
