No total, os salários "ascenderam a 319 milhões de euros, ocupando os jogadores o topo da tabela remuneratória, com um total agregado de 238 milhões de euros", constata também o estudo.
E, no que a impostos diz respeito, as contribuições para os cofres do Estado aumentaram em relação à época transata. Como mostra o documento, a indústria do futebol, pagou mais 11,5% em relação a 2020-21 em impostos. O que significa um total de 214 milhões de euros, contra 192 milhões da época de 2020/21.
Daquele total, 88% advém da Liga Bwin, o que corresponde a uma contribuição de cerca de 189 milhões de euros. "O pagamento de IRS e as contribuições para a Segurança Social somaram 169 milhões, tendo um peso combinado de 79% no total das contribuições fiscais", detalha o anuário.
Para além destes números, o documento anuncia que a Liga Portugal e as Sociedades Desportivas da Liga Portugal Bwin e Liga Portugal SABSEG criaram 3595 postos de trabalho. "As 18 Sociedades Desportivas da Liga Portugal Bwin são as responsáveis pela maioria dos postos de trabalho, empregando um total de 2682 pessoas, das quais 976 são jogadores, 252 treinadores e 1454 funcionários afetos às áreas de suporte, gestão e administração", elabora.
Este é o sétimo ano que a Liga Portugal fecha a época com resultados positivos, obtendo receitas de quase 22 milhões de euros. Destes, conseguiu 1,2 milhões de euros de lucros e distribuiu 8,2 milhões de euros pelas sociedades desportivas. O anuário diz ainda que em 2021-22, a maioria das transferências na Liga Portugal Bwin (55% das saídas - em comparação com os 50% em 2020-21 - e 50% das entradas), estiveram relacionadas com clubes estrangeiros.
Estes valores, segundo o presidente da Liga Portugal, demonstram o potencial da indústria futebolística. "A apresentação destes números mostra, edição após edição deste anuário, a importância do Futebol no tecido económico nacional. Uma relevância que justifica um reconhecimento diferente para o Futebol Profissional enquanto fenómeno de massas", frisa Pedro Proença.
Já o partner da EY e líder da área de Strategy and Transactions, Miguel Farinha, diz que os grandes números continuam a demonstrar o enorme impacto que as receitas provenientes da venda de atletas têm em Portugal. "Espera-se que o novo modelo de negociação centralizado a partir de 2027-28 venha contribuir, não só para uma maior equidade, como também faça aumentar o valor a ser dividido", lança (Dinheiro Vivo, texto da jornalista Mónica Costa)
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