A partir de março, o Banco Central Europeu (BCE) vai reduzir a compra de dívida pública e privada da Zona Euro. Pelas contas da IESEG feitas para o ‘Negócios’, Portugal poderá perder 235 milhões de euros por mês com esta estratégia. Os dados das maturidades das obrigações públicas detidas pelo BCE mostram que há média de 24,107 mil milhões de euros por mês que atingem o prazo entre março e novembro de do próximo ano. A mesma fonte revela que se considerarmos uutros ativos como “asset backed securities” (ABS), obrigações hipotecárias de bancos e dívida de empresas, o valor sobe para 30,172 mil milhões.
O BCE deixará assim de reinvestir uma média de 15 mil milhões de euros por mês, o que significa que, tendo em conta que o país representa 1,964% do total das obrigações dos Estados detidas pelo Eurossistema devido aos programas APP e PSPP, e que vão atingir o prazo, em média mensalmente, 474 milhões de euros em dívida pública portuguesa, a ausência de reinvestimentos deverá ser de 235 milhões de euros, aponta Eric Dor, diretor de Estudos Económicos na escola de gestão IESEG ao ‘Negócios’. Christine Lagarde tinha já indicado que cerca de metade do valor das obrigações que atingem os prazos a partir de março de 2023 seriam afetadas.
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