sexta-feira, dezembro 16, 2022

Sondagem: Portugueses tencionam manter ou diminuir gastos neste Natal

 

Sondagem revela que apenas 13% estimam gastar mais do que no ano passado. Maioria vai passar a quadra em casa e juntar a família à volta da mesa. A maioria dos portugueses não tenciona gastar mais dinheiro com esta quadra natalícia do que aquele que gastou no ano passado. Cerca de 46% estima gastar o mesmo que no Natal de 2021 e 37% tenciona diminuir. Apenas 13% admite gastos superiores, num ano em que a maioria pretende celebrar as festas em casa e reunir a família ao redor da mesa. O bacalhau e o bolo-rei são iguarias que não deverão faltar na consoada. O retrato é traçado na sondagem da Aximage feita para o JN, TSF e DN com base em 800 entrevistas realizadas a pessoas de todas as faixas etárias e residentes em todas as regiões do país. De acordo com os dados da sondagem, mais de metade dos inquiridos (54%) admite que a atual crise económica vai influenciar a globalidade dos seus gastos com o Natal, enquanto 33% acredita que o contexto atual terá "pouco" impacto no orçamento da quadra. O cenário é transversal a todas as regiões do país.

Retomar das tradições

A grande maioria dos portugueses (82%) não tem intenção de gastar mais do que no ano passado. Cerca de 46% estima igualar os gastos tidos com o Natal de 2021 (58% enquadram-se na classe social alta e média alta) e 37% diminuir (54% pertencem à classe social baixa). Apenas 13% admite vir a gastar mais.

54% dos inquiridos acredita que a atual crise económica vai influenciar "muito" os seus gastos com o Natal. No que toca a prendas, apenas 23% já prepararam uma lista com os presentes a oferecer, enquanto 36% ainda não fizeram esse planeamento. Um quarto dos inquiridos não faz listagens e cerca de 16% não oferece prendas.

E, após dois anos de restrições ditadas pela pandemia de covid-19, irão os portugueses retomar a tradição de reunir a família à volta da mesa neste Natal? A sondagem da Aximage não deixa dúvidas nesta matéria: 45% dos inquiridos tencionam retomar o convívio com amigos e família e 37% vai manter a tradição, uma vez que não deixou de reunir os seus entes queridos à volta da mesa durante o período mais crítico da pandemia. Só 7% mantêm alguma cautela e optam por não juntar a família.

58% dos portugueses auscultados vai celebrar a quadra em casa. Cerca de 36% vai festejar em casa de familiares.

Convívio familiar

Quase a totalidade dos portugueses auscultados (94%) vão passar as festas em casa ou na casa de familiares. Só 2% têm viagens marcadas para o estrangeiro e outros 2% vão viajar para destinos dentro do país. Trata-se, sobretudo, de adultos entre os 18 e os 49 anos.

Ao redor da mesa de Natal, em média, juntar-se-ão entre quatro a 12 pessoas. Apenas 15% dos inquiridos contam com mais gente para celebrar as festas. Na casa de 12% dos inquiridos, a quadra será festejada com menos de quatro pessoas.

À mesa não faltará o bacalhau. É a iguaria eleita por 81% dos inquiridos, com residência nas várias regiões do país, como um dos pratos principais que não pode faltar na consoada. A escolha é transversal a todas as faixas etárias. Segue-se o polvo (26%), o peru (22%), a carne de porco (10%), o leitão (9%), o borrego (7%), o galo (3%) e o cabrito (3%). Cerca de 1% vai eleger um prato vegetariano ou vegan para a ceia.

46% dos inquiridos tenciona gastar o mesmo neste Natal quando comparado com os gastos do ano passado. Entre a doçaria tradicional, o bolo-rei tem lugar de destaque. Mais de metade dos portugueses auscultados dizem que este doce é um dos que não pode faltar na mesa de Natal. Nas casas portuguesas, a noite de consoada contará ainda com rabanadas, filhoses, arroz-doce, sonhos, aletria, azevias, coscorões, bolo de mel da Madeira, broas de milho ou broas castelares, toucinho do céu, leite creme, pudim, pão-de-ló, bolos típicos regionais, mousses e cheesecake.

Maioria em casa na passagem de ano

Em casa de familiares e amigos ou, em alternativa, juntar no seu próprio lar os entes queridos. É assim que a maioria dos portugueses (67%) auscultados para a sondagem da Aximage tenciona celebrar a passagem de ano. Só 4% vão festejar a entrada em 2023 numa festa de rua ou ao ar livre, enquanto 3% vão a discoteca, bar, danceteria ou salão de festas. Outros 3% têm nos seus planos viajar para fora de Portugal e 13% vão ficar sozinhos em casa.

Olhando para os dados dos inquiridos que pretendem festejar a passagem de ano em casa de amigos ou familiares ou na sua própria casa, é possível perceber que este plano é transversal a todas as faixas etárias adultas. No entanto, são os maiores de 65 anos que apresentam uma maior taxa (20%) na opção "vou ficar em casa sozinho".

Já os planos para participar em festas ao ar livre ou na rua são mais predominantes entre os 18 e os 49 anos. Também entre os 18 e os 34 anos verifica-se uma maior vontade para dar as boas-vindas a 2023 numa discoteca, bar, danceteria ou salão de festas. As viagens para fora de Portugal estão nos planos de 3% dos inquiridos, com idades entre os 18 e os 64 anos (Jornal de Notícias, texto da jornalista Marisa Silva)

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