quinta-feira, junho 11, 2020

Nota: TAP vítima da estranha pressa de Novembro de 2015

Sou suspeito porque sou defensor da TAP - apesar da forma vergonhosa como se comporta com os madeirenses pelos preços praticados a que se juntam outros abusos nos cancelamentos de voos, etc - em grande medida por achar que os estados nunca devem perder o controlo das companhias de bandeira nacionais, independentemente do absurdo (absurdo porque os capitalistas não aceitam isso) de poderem ter, ou não, privados como parceiros. A relação de forças tem que ser o contrário do que costuma ser. No caso da TAP, há um problema acrescido que ninguém fala porque a memória de políticos e comentadores costuma ser curta quando querem e lhes interessa: os estranhos contornos da negociata da privatização da TAP, formalizada noite dentro, ainda nos últimos dias do governo do Passos e do Portas. O contrato com o Nielsen e o Barbosa foi assinado em Lisboa na noite de 12 de Novembro de 2015, quando Passos e Portas sabiam que o PS tinha negociado com sucesso um entendimento à esquerda que os afastaria do poder e que Costa já se tinha pronunciado contra o negócio várias vezes. Por isso, foi tudo muito estranho esta pressa de se verem livres de 65% (na altura) da TAP, algo que entretanto depois foi revertido pelo primeiro governo da geringonça, em 29 de Junho de 2017. Esse pequeno "pormenor" afastou sempre o PS dos investidores privados que pecaram também pela arrogância e pedantismo. O costume. Agora espatifaram-se. Além disso foram sempre olhados pelo PS de Costa com desconfiança por terem ser cúmplices da jogatana política de Passos e Portas (este devia ser confrontado com essa história mal contada e a tresandar,  no espaço de opinião que tem na TVI, sem contraditório, aliás como é frequente nesta "democracia" opinativa de alguns comentadores televisivos (LFM)

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