No âmbito do desconfinamento em Espanha, o governo de Canarias autorizou os voos inter-ilhas, fixando os valores dos bilhetes a praticar bem como o número de frequências diárias para as diversas ligações. Recordo que deslocações do estrangeiro para Canárias estão impedidas até final de Setembro - o facto dos primeiros casos de covid19 terem sido protagonizados em várias ilhas por turistas que ali se encontravam hospedados acelerou essa decisão de Las Palmas - pelo que a crise social e económica naquela região vizinha espanhola, que depende de forma acentuada do turismo, tende a agravar-se segundo vaticinam especialistas locais. O turismo, este ano, será essencialmente turismo local, já que não se preve que o turismo nacional possa retomar a normalidade, até pelas limitações operacionais impostas pelo governo canário.
Esta semana ficamos a saber que as Ilhas Canárias serão o destino escolhido para o primeiro voo piloto com passageiros monitorizados por um aplicativo de saúde seguro chamado Hi + Card que confirma que o destino do voo está livre de COVID-19. Segundo a notícia, isso terá sido transmitido pelo diretor geral da Organização Mundial de Turismo (OMT), Zurab Pololikashvili, à jovem (35 anos) responsável do turismo no governo das Ilhas Canárias, Yaiza Castilla.
Mas não tem sido fácil esta retoma - recordo que o governo espanhol definiu que se considerava suficiente oferecer ao público apenas 50% da capacidade total de cada aeronave para cada voo..
As pessoas estão atentas a essas regras e prova disso foram os problemas surgidos no interior de pelo menos dois voos, um da Binter numa ligação inter-ilhas e outro numa ligação do exterior, tudo devido à contestação ao não cumprimento do distanciamento obrigatório entre passageiros.
Foi o caso do voo da Iberia Express, entre Madrid e Las Palmas. A companhia aérea espanhola reagiu mal ao protesto dos passageiros - todos com máscaras obrigatórias - e convidou os descontentes a abandonarem o aparelho.
A Iberia Express insistiu que "possui um plano de acção em todos os níveis contra o COVID-19, que inclui o reforço da limpeza e desinfecção diária de aeronaves, o fornecimento de água e sabão a bordo, o uso intensivo de sistemas de ar e filtros HEPA com 99,9% de eficiência na remoção de vírus e bactérias (incluindo MERS e coronavírus), a remoção do serviço de refeições e vendas a bordo bem como de material não informativo essencial, entre outras medidas " (LFM)
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