O primeiro-ministro espanhol realizou no domingo a conferência de líderes regionais, pela nona semana consecutiva. A porta-voz do governo, Maria Jesús Montero, referiu que «forçar o ritmo pode custar-nos caro, sobretudo em termos de vidas humanas», disse em resposta àqueles que defendem que as regiões ainda em fase zero, nomeadamente Madrid e Barcelona, deviam avançar para a fase seguinte do plano de desconfinamento. A responsável recomendou ainda «prudência, precaução e cautela» para os territórios que inauguram esta segunda-feira a primeira fase do plano, que para alguns, tal como reconheceu o presidente de Aragão, Javier Lambán , representa uma injeção de «grande auto-estima». Montero justifica essa prudência como determinante também para decidir quais as regiões que continuam na fase zero, pedindo às mesmas que não tentem avançar «mais do que a conta».
«Entendemos que exista uma certa decepção nos locais onde ainda é necessário permanecer na fase zero, mas temos de ser muito claros com os cidadãos e nenhum de nós pode ser enganado», alertou. «O mais fácil seria afastar-se das recomendações de saúde e deixar-se levar por considerações de natureza política ou de qualquer outra natureza”», afirmou Montero.
«Correr mais do que podemos pode fazer com que voltemos ao ponto de partida e não podemos permitir que tal aconteça, como país ou como sociedade, depois do enorme esforço que os cidadãos fizeram» alertou a responsável, acrescentando que «é importante preservar tudo o que foi alcançado até agora e é por isso que não podemos destruir todo esse esforço», sublinhou.
Montero refere ainda que «nem na esfera económica e social vamos conseguir chegar mais cedo a correr. Pelo contrário, para a recuperação económica do nosso país, é muito importante garantir que não existem surtos e que podemos consolidar os passos que estão a ser dados», destacou. «Máxima cautela e lealdade», exigiu o porta-voz do governo (Executive Digest, texto da jornalista Simone Silva)
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