segunda-feira, outubro 28, 2019

Nota: PSD-M em debate interno tem que guardar silêncio absoluto

Li no JM, que o Presidente do PSD-Madeira vai iniciar uma ronda de contacto com as estruturas de base do partido. Acho muito bem. Constou-me que será uma ronda de contactos aberta, sem tabus, em que vão falar de tudo, do que for necessário por muito incómodo que possa ser internamente. Há mudanças para fazer, há estruturas a repensar, há que procurar explicações para os desaires eleitorais onde eles aconteceram e sem qualquer tipo de caça às bruxas mas de forma séria e pragmática, há que discutir também pessoas e saber se há algumas que chegaram ao fim do seu ciclo e que devem ser substituídas para que essa mudança gere mais-valias, novas dinâmicas, novas ideias, nova capacidade de captação de votantes, novos apoios fora dos limites naturais do partido, saber se há modelos estatutários a discutir e a alterar, há uma eficácia  perdida que tem que se reencontrada, há que entender de uma vez por todas que os partidos são instrumentos "fazedores" de políticas, que existem porque há política e que não são nem um qualquer "faz-de-conta" e não espaços para um "chá das cinco" ou coisa do género. Portanto, apoiando incondicionalmente a iniciativa do líder do PSD-M, porque ela é urgente e necessária, desejo que não se trate apenas de mais um momento destinado a mediatização ou a cumprir calendário por conveniência pós-eleitoral, para que tudo fique na mesma. Recomendo que dela resultem decisões concretas, sem pressas mas tendo 2021 como referência temporal, que se necessário for que alterem os estatutos onde for necessário, que se olhe para a realidade militante do PSD-Madeira - pelos militantes, o PSD-Madeira nunca ganharia nem uma Junta de Freguesia eu seja, porque não totalizam mais de 5 mil efectivos na Região num universo real de 6 a 7 mil militantes! - mas olhando também para fora, para o que pode estar a influenciar negativamente a cumplicidade eleitoral entre os madeirenses e o PSD-Madeira. E insisto num apelo muito pessoal, muito convicto: que estas reuniões tenham a garantia de reserva por parte dos dirigentes, nos diferentes patamares do poder partidário, porque eles não precisam de andar nos meios de comunicação social a dizer o que foi dito e por quem, o que foi discutido e decidido, há que saber respeitar as nossas próprias regras colectivas, respeitando os limites de um partido que tem urgentemente que arrumar a casa em vez de andar a vender gato por lebre no espaço mediático, graças à bilhardice patética e idiota  de umas "vuvuzelas" - que acho que todos sabem quem são... - que passam para os média tudo, menos as vezes que os dirigentes vão ao WC!... (LFM)

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