terça-feira, outubro 29, 2019

Nota: eu até entendo a cautela de Cafofo

E qual o espanto. Digam-e há quanto tempo o PS-M é palco de jogadas que o mantém refém destes interesses e destas movimentações? Eu no lugar de Cafôfo talvez pensasse duas vezes como ele estará a fazer, daí a ausência de pressas na decisão: será que a votação que o "independente" Paulo Cafôfo, que recorrer a uma "barriga de aluguer" nas regionais de 22 de Setembro (PS-M), alguma vez será a mesma votação se ele assumir a liderança do PS-M - despindo-se deste modo da teatralização da sua falsa "independência" que só serviu para enganar as pessoas e resolver os problemas financeiros graves dos socialistas locais - ou os socialistas voltarão à sua dimensão eleitoral tradicional dos menos de 30 mil votos (lembro que no tempo de Sócrates o PS-M, em eleições nacionais chegou a superar duas vezes os 42 mil votos, numa delas os 49 mil votos, quando teve pouco mais de 51 mil nas regionais deste ano...). Por isso, refém ou não de Cafôfo, acho que neste momento é o PS-M que precisa do ex-Presidente da CMF que não deve esconder algum amargo ao ter sido ignorado por Costa no maior governo de sempre do país, e depois de ter apostado tudo na sua derrotada candidatura na Madeira. Aliás foi Miguel Gouveia, novo Presidente da CMF, e honra lhe seja feita por isso, a colocar, e muito bem, o dedo na ferida - dizendo publicamente o que os socialistas locais dizem pela calada, quando se queixam nos corredores de terem sido desvalorizados e injustiçados por Costa em relação aos Açores e apesar do resultado eleitoral obtido em eleições regionais. O mediatismo e a urgente e necessária "tarimba" política que Cafôfo poderia adquirir (porque não tem) na política nacional - no fundo fazendo o mesmo que César fez antes de ter sido enviado por Mário Soares para os Açores quando Mota Amaral anunciou a sua saída e o PSD-Açores esfrangalhou-se numa penosa travessia do deserto de onde ainda não saiu - serviria para prepará-lo para as regionais de 2023, porque ele sabe que, apesar dos arrufos e de todas as patifarias de bastidores que ainda não pararam, dificilmente PSD e CDS deixarão a coligação cair perdendo o poder - ambos sabem que uma crise política na Região seria a copiosa derrota desses dois partidos (LFM)

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