quinta-feira, outubro 03, 2019

Nota: JPP atento a "ameaças"?

Uma fonte partidária da oposição, da minha absoluta confiança, confidenciou-me ontem que o JPP continua agastado com a "traição" do PS e está consciente de que os socialistas vão querer conquistar a Câmara de Santa Cruz em 2021. Para além da contabilidade eleitoral para as regionais, essa fonte garante-me que a JPP entende que a principal motivação tem a ver com a disputa autárquica, embora desconheçam se a reportagem da TVI sobre a CMSC teve ou não impacto negativo no desfecho eleitoral do JPP. Admitem fontes próximas da JPP que alguns sectores do eleitorado que têm votado JPP sem se sentirem vinculados a este partido, poderão ter reagido mal ao trabalho jornalístico e sobretudo à forma algo arrogante e desafiante usada por Filipe Sousa nesse trabalho, claramente incomodado e agastado com a interpelação jornalística. O PS-M depois das regionais tentou o "namoro" com a JPP mas sei que Filipe Sousa, curiosamente mais ele do que alguns outros elementos da estrutura parlamentar do seu partido, não perdoa esse envolvimento do PS-M na tramóia, aliás denunciado pela jornalista e Chefe de Gabinete do autarca santacruzense Raquel Gonçalves.
Sendo evidente que a JPP se mostra atenta (?) a ameaças políticas e eleitorais, sendo admissível que a JPP esteja agastada com a golpada de bastidores atribuída ao PS-M e que acredito tenha penalizado o partido em Santa Cruz - e não só - sendo pública a afinidade política e ideológica entre o líder do JPP e outros dirigentes deste partido e o PS - de onde saíram devido a divergências que tiveram a ver com a actividade parlamentar, nomeadamente a rotatividade de deputados eleitos - sabendo-se que Filipe Sousa na noite eleitoral foi claro - "o líder do JPP admite a possibilidade de negociação com o PS. Filipe Sousa diz que há “acordos pontuais” possíveis porque há linhas de orientação comuns. “O PSD já está posto de parte”, sublinha - parece-me plausível que o JPP, independentemente de poder continuar a refugiar-se no seu radicalismo ideológico algo ultrapassado, se sinta neste momento incomodado com várias questões relacionadas com a política regional pós-22 de Setembro e que tenha dificuldade em encontrar o seu espaço próprio - orgulhosamente sozinho? - depois de ter sido prejudicado pela bipolarização à esquerda em benefício dos socialistas. Uma "ameaça" que se manterá, e sentiremos isso de uma forma cada vez mais agressiva, a pensar no desafio eleitoral de 2021, que depois das europeias e das regionais - esperemos pelas legislativas - passam a ser o próximo desafio político e eleitoral de PS e PSD (LFM)

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