sábado, dezembro 06, 2014

...e também o Jornal I aponta nessa direcção: "Jardim prepara-se para ocupar lugar de deputado em Lisboa"!


Também o Jornal I aborda o assunto: “É provável” que Alberto João Jardim, depois de 12 de Janeiro, venha para a Assembleia da República. Esta é a convicção de um dirigente próximo de Jardim, com quem o presidente do Governo Regional já discutiu o cenário. A decisão não está fechada mas, se abandonar o cargo de presidente dentro de um mês, “o lugar público que Alberto João Jardim tem em aberto é o lugar de deputado à Assembleia da República”, afirma a mesma fonte. É certo que Jardim também pode ocupar o cargo de deputado à Assembleia Legislativa Regional da Madeira, mas depois do Palácio do Governo Regional isso podia saber a pouco para um homem que sempre alimentou ambições nacionais – embora até agora sem sucesso. Confrontado com a hipótese de Jardim assumir o cargo de deputado, para o qual foi eleito nas legislativas de 2011 como cabeça de lista pela Madeira, a resposta que surge é clara: “É provável que isso aconteça.” Contactado pelo i, o gabinete de Alberto João Jardim não faz qualquer comentário sobre este assunto. Certo é que nos bastidores o cenário nunca é descartado e não choca ninguém, sobretudo num momento em que os deputados eleitos pela Madeira estão a ser objecto de um processo disciplinar por terem votado contra o Orçamento do Estado para o próximo ano.
Este PSD não entende a autonomia, acusam os deputados madeirenses (ver texto ao lado). Assumindo as funções de deputado, Jardim teria um argumento acrescido para decidir vir “explicar” a autonomia “a Lisboa”. O líder madeirense tem um rol de declarações nesse mesmo sentido e até uma desafio, lançado há um ano, directamente para Passos Coelho: “Ter a coragem de assumir uma decisão democrática e permitir um referendo na Madeira que, de uma vez por todas, demonstre a vontade do povo madeirense, reforce a coesão nacional e finalmente encerre o contencioso da autonomia”. Tendo em conta o estado a que chegou esta discussão, somada à dissidência tornada pública na votação do Orçamento do Estado para o próximo ano, “agora no parlamento existe um ambiente excelente para Jardim ser recebido”, ironiza um deputado, vincando a incompreensão do PSD face às autonomias. Mas uma nova frente de guerra poderia ser o princípio de um belo fim de carreira política.
Antecipadas?
Anteontem, Alberto João Jardim enviou uma carta aos candidatos à liderança do PSD-Madeira a dar conta da sua intenção de ser demitir a 12 de Janeiro. Entre os seis candidatos, a maioria (quatro) aponta como melhor solução para responder a esta decisão de Jardim a convocação de eleições antecipadas. A liderança do partido ficará definida antes desta data colocada pelo presidente do governo regional, com as directas agendadas para o dia 19 e a segunda volta, caso exista necessidade, a 29. Depois disso, tudo o resto se clarificará. Certo é que, de acordo com o estatuto político administrativo da Madeira, o pedido de exoneração do presidente  implica a demissão do governo regional. Mas a Constituição dita que a dissolução da Assembleia Legislativa só pode acontecer pela mão do Presidente da República e depois de ouvido o Conselho de Estado e ainda os partidos nela representados. Em todo o caso, a demissão de Jardim faz com o que o governo fique logo limitado a actos de gestão e em funções até que um novo tome posse. No caso de a isto se somar a dissolução da Assembleia legislativa e a antecipação de eleições, elas podem demorar um máximo de 60 dias a acontecer, pelo que o presidente madeirense só estaria livre para tomar o passo seguinte no mês de Abril”