sexta-feira, dezembro 05, 2014

Auto-estrada que brilha no escuro já funciona

"Em Abril deste ano surgiram imagens daquela que viria a ser a primeira auto-estrada com marcas rodoviárias que brilham no escuro e se alimentam da luz do Sol, num projecto do holandês Daan Roosegaarde. A instalação ficou concluída este mês e aquela que poderá vir a fazer parte da iluminação das auto-estradas no futuro entusiasma os condutores. O próximo passo é alargar a técnica às ciclovias. Daan Roosegaarde tem um currículo impressionante. A sua assinatura surge em projectos onde a arte é aplicada a situações práticas do quotidiano. No projecto Dune, transformou a paisagem junto ao rio Maas, em Roterdão, através de um sistema de iluminação com LEDs, com sensores e sons incorporados, que se alteram com o movimento de quem passa. Em Intimacy, um projecto de moda high-tech, e-foils opacos com o aspecto de um tecido tornam-se transparentes consoante o batimento cardíaco de quem usa a roupa para voltarem a ser opacos de novo.   Este ano, o projecto Smart Highway ganhou notoriedade e foi concretizado. Seis linhas verdes fluorescentes, três em cada lado da auto-estrada N329 em Oss, Holanda, destacam-se na escuridão e iluminam o caminho para os condutores. As marcas rodoviárias que delimitam a via são feitas com um pó especial luminescente misturado com a tinta usada nas estradas. A mistura “alimenta-se” da luz do Sol e, ao estar “carregada”, permanece iluminada à noite, durante mais de dez horas. O objectivo é “inovar a experiência de condução”, melhorar a segurança rodoviária e tornar a iluminação das vias mais económica, como explicou Roosegaarde. A equipa de Roosegaarde, que tem colaborações frequentes com a empresa de infra-estruturas Heijmans, quer apostar agora nas ciclovias. A primeira a ser iluminada com a mesma tecnologia que a N329 deverá estar a funcionar no final do ano em Nuenen, sul da Holanda, sob o nome Van Gogh-Roosegaarde Light Emitting Bicycle Path, qualquer coisa como caminho para bicicletas que emite luz Van Gogh-Roosegaarde" (texto da jornalista do Público, Cláudia Bancaleiro, com a devida vénia)