Segundo o Publico, “o País tem
demonstrado abertura para fazer uma reforma fiscal. O chefe do governo de
Andorra, Antoni Marti, disse sexta-feira a François Hollande, co-príncipe do
principado, que quer avançar com um imposto sobre o rendimento. A proposta será
apresentada ao Parlamento antes de 30 de Junho, anunciou o Palácio do Eliseu em
comunicado. "Esta lei incluiu-se no conjunto de decisões já tomado pelo
principado para fazer com que, gradualmente, os impostos ali cobrados se
alinhem com as normas internacionais", disse a presidência francesa após
uma reunião no Eliseu entre Hollande, Marti e o ministro dos Negócios
Estrangeiros de Andorra, Gilbert Saboya Sunye. François Hollande "registou
com satisfação a intenção do governo (de Andorra) de se envolver rapidamente
num debate com a União Europeia com o objectivo de rever o acordo sobre a
tributação das poupanças e de admitir, num prazo razoável, a perspectiva de
troca automática de informações com os membros da União Europeia ", disse
o Eliseu. "O co-príncipe pediu ao chefe do governo de Andorra para
prosseguir as reformas para modernizar a economia andorrense e permitir que o
país encontre, num contexto europeu, o caminho do crescimento", disse o
Presidente francês. "Nas próximas semanas", serão assinados acordos
entre França e Andorra sobre educação, cooperação policial e segurança civil. O
regime político de Andorra é muito particular: Andorra é um co-principado em
que o poder legislativo é exercido pelo Conselho Geral dos Vales, composto por
28 deputados eleitos, que elegem o chefe de Governo. Os Chefes de Estado, ou
co-príncipes, são o presidente francês e o bispo de Urgel, da Catalunha, o que
faz de Andorra o único Estado no mundo em que a forma de governo é uma diarquia
– dois chefes. Além disso, é a única monarquia constitucional em que o chefe de
Estado, neste caso o co-príncipe francês, é eleito por cidadãos estrangeiros”