Li no Publico que "melhorias nas
auto-estradas, limites ao aumento das rendas, mais benefícios fiscais para
famílias com filhos, mais pensões para as mães que não trabalham para cuidar
dos filhos - o partido da chanceler alemã Angela Merkel, União Democrata Cristã
(CDU), e o seu partido-gémeo da Baviera, União Social Cristã (CSU), estiveram
no domingo reunidos a votar um rascunho de 125 páginas de programa eleitoral
para a votação de 22 de Setembro. São promessas que custariam milhões de euros
(só para as auto-estradas estão previstos 25 mil milhões de euros em quatro
anos), e já foram criticadas pelos seus próprios parceiros de coligação, os
liberais, que acusam Merkel de sucumbir ao "doce veneno de gastar"
mesmo quando para fora defende a austeridade. A chanceler e o seu partido são
os claros favoritos, mas não é por isso que vão contar com uma vitória certa e
não lutar em campanha, dizem analistas. No programa eleitoral, que só vai ser
apresentado hoje, estava ainda a rejeição da proposta de salário mínimo
nacional feita pela oposição social-democrata, defendendo a continuação do
sistema de negociação por sector. Sublinhando o seu apoio a "um euro forte
e à estabilidade dos preços", a CDU/CSU reitera a rejeição da mutualização
da dívida nos 17 membros da zona euro. Enquanto isso, uma sondagem do instituto
Insa para o tablóide Bild indicava pela primeira vez o partido antieuro
Alternativa para a Alemanha (AfD) a ultrapassar a barreira dos 5% necessária
para entrar no Parlamento. A CDU/CSU aparece com 38%, os liberais com 5%, os
sociais-democratas com 26% e os verdes com 15%. Uma sondagem anterior da Forsa
para a revista Stern e televisão RTL dava 40% das intenções de voto à
CDU e 6% aos liberais - o que lhes permitiria continuar a actual coligação
governamental, ao contrário do que vinham a fazer prever as sondagens até
agora. Os sociais-democratas do SPD apareciam com apenas 22%, o mais baixo até
agora"