sexta-feira, junho 21, 2013

Reforma da maioria dos idosos só chega para pagar casa

Li no site da Renascença que "os Censos 2011 indica que vivem em Portugal mais de  2 milhões de pessoas com mais de 65 anos. Cerca de 84% dos pensionistas de velhice da Segurança Social recebem menos de 500 euros e apenas 6% têm uma pensão superior a 1.000 euros. Três em cada quatro idosos portugueses têm reformas e pensões abaixo dos 500 euros, o que lhes permite apenas pagar as despesas com a habitação, revela um estudo do Conselho Económico e Social (CES). Baseando-se nos dados do Instituto Nacional de Estatística 2010/2011, o estudo "Envelhecimento da População Portuguesa: dependência, activação e qualidade" analisou as despesas anuais de acordo com o rendimento médio das famílias e a sua composição. As despesas dos agregados familiares constituídos por um idoso estão estimadas em 9.379 euros anuais, ou seja, 781 euros mensais, refere a análise, que serviu de base ao parecer do CES. Segundo o Censos 2011, vivem em Portugal 2,023 milhões de pessoas com mais de 65 anos. "Se tivermos em consideração que cerca de 1,5 milhões de aposentados e reformados têm reformas e pensões abaixo de 500 euros", esta população, em média, "só conseguiria garantir com os seus rendimentos o pagamento das despesas de habitação", salienta o documento, sublinhando ainda que "só 12 a 15% dos pensionistas de velhice da Segurança Social terão pensões que permitam cobrir as despesas mensais".
Risco de pobreza atinge os 24,4% 
Dados apresentados no estudo indicam que, em geral, os idosos têm rendimentos inferiores ao da população empregada, sendo a principal fonte de rendimento a pensão ou reforma. Os dados adiantam que 84,1% dos pensionistas de velhice da Segurança Social tem uma pensão mensal inferior a 500 euros e apenas 6% têm uma pensão superior a 1.000 Euros. Nos reformados da Caixa Geral de Aposentações, 21% tem reformas abaixo dos 500 euros, enquanto 50% tem reformas acima de 1.000 euros. "Em Portugal, a população idosa é um dos grupos mais desfavorecidos em termos económicos", afirma a análise, acrescentando: "Conforme se vai avançando nas idades, o agravamento do risco da pobreza é maior, apresentando a população de 75 e mais anos um risco de pobreza que atinge 24,4%, sendo na União Europeia apenas de 20,3%". O estudo salienta a importância da participação da população idosa no mercado de trabalho, constituindo "uma vertente importante na promoção do envelhecimento activo, na redução da pobreza, que afecta desproporcionadamente os idosos desempregados e pensionistas e na melhoria da sustentabilidade dos sistemas de pensões".  A solidão, falta de rendimentos e a inactividade constituem factores de risco para os idosos, em termos de necessidades acrescidas de serviços de saúde e de bem-estar".