Adriano Moreira afirma que não sabe "se o país aguenta mais dois anos esta situação de tensão". O antigo líder do CDS-PP nota também que "há sinais suficientes no sentido de que há tensões dentro do governo que temos". O histórico centrista observa que a convergência resulta apenas da pressão que advém da necessidade de cumprir o memorando de entendimento com a ‘troika’. "Dentro do próprio governo e da representação parlamentar da maioria, na consciência e inteligência das pessoas, há divergências, e estão todos orientados, onde convergem, pelo tal risco do acordo que foi feito e da imagem do país", considera. Nesta entrevista conduzida pela jornalista Maria Flor Pedroso, Adriano Moreira alerta o executivo que a sua legitimidade de exercício é cada vez menor, porque a sua atuação difere muito daquilo que apresentou a sufrágio. Adriano Moreira admite que essa legitimidade de exercício possa ser ainda mais enfraquecida caso o Tribunal Constitucional considere inconstitucionais algumas normas do Orçamento do Estado para 2013 (veja aqui a entrevista na íntegra)