quarta-feira, maio 04, 2011

Reunião das ilhas com a "troika": o embuste informativo (I)

Do site da RTP-Açores, retirei esta notícia publicada a propósito do encontro entre os membros da "troika" e os representantes das regiões autónomas:


"A Troika quer reduzir a despesa pública das duas regiões autónomas, no caso dos Açores, a redução pode chegar a 10 por cento


Uma delegação do Governo Regional esteve ontem sentada à mesa, em Lisboa, com os representantes do Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia. A reunião decorreu a pedido da Troika, que também reuniu com representantes do Governo Regional da Madeira. A Troika já tinha reunido com o Governo da República, com partidos políticos, sindicatos, patrões e outras entidades nacionais.Ontem à tarde, chegou a vez dos governos regionais.Os representantes dos Açores e da Madeira estiveram sentados à mesa das negociações, em separado, com os elementos do FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia. As reuniões decorreram no Ministério das Finanças, em Lisboa.No caso da Madeira, a delegação foi chefiada pelo secretário-geral do Plano e Finanças, José Manuel Ventura Garçês, mas no caso dos Açores, o executivo pouco ou nada disse.Uma nota do seu gabinete de imprensa limitou-se a adiantar que o encontro decorreu no âmbito do processo de assistência financeira a Portugal, durante o qual foram prestados esclarecimentos técnicos complementares sobre indicadores considerados úteis para o relatório que está a ser concluído, e que a reunião aconteceu a pedido dos elementos da Troika, ou seja ninguém quis confirmar os nomes dos elementos da representação açoriana. Sabe-se, no entanto, que a ajuda externa quer conhecer ao pormenor o valor da dívida da Região, direta e indireta, incluindo os valores das empresas públicas e das parcerias público-privadas.Obras como as Scuts, o Hospital de Angra ou o Centro de Radioterapia, em Ponta Delgada, podem ter sido alvo de exame neste encontro. As reuniões técnicas da Troika visam reduzir despesa publica em todo o país, mas só os relatórios finais dirão em que valores. A Antena 1 apurou que, no caso dos Açores, essa redução pode chegar aos 10 por cento, ou seja, muito mais do que os 20 milhões de euros que a Região teria perdido, caso o PEC 4 tivesse sido aprovado. Perante tudo isto, o Governo Regional mantêm o silêncio. Sexta feira passada, Carlos César deu a entender que para a Troika, o dossier regiões autónomas seria negociado pelo executivo de José Sócrates, mas menos de 48 horas depois, ficou a saber-se que à mesa das negociações estava também uma representação açoriana".

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