segunda-feira, maio 30, 2011

O que escrevi

"2 – Recuso envolver-me em mais polémicas com o Presidente da SDM, sobre as virtudes ou os defeitos do CINM, até porque acho que ele deve ter muitos problemas para resolver e eu, sinceramente, mais que fazer. Infelizmente, goste-se ou não, o CINM é o que é, está ou não entalado nas suas perspectivas futuras por causa de insinuações, guerras políticas e de silêncios que acabaram por ajudaram a consolidar a imagem de suspeição que não ajuda em nada a Região. O CINM, repito, tem a imagem que tem, e esse problema não é meu. Porque mantenho tudo o que escrevi sobre este tema, não me vou tornar repetitivo. As dúvidas existentes, e as que as pessoas colocam, são as que são. As situações que abordei, não invenções, nem lucubrações, deduções ou suposições. São factos! Há matérias que não me importa abordar, uma das quais resulta do facto de nunca ter pretendido saber quais os lucros obtidos pela concessionária da Zona Franca/CINM, desde o início da sua actividade, e quais os montantes que reverteram a favor dos privados (75% do seu capital social) e os que beneficiaram a Madeira (25%). Uma coisa é certa: os interesses dos privados e os da Região são diferentes em aspectos essenciais. Pode haver uma conjugação estratégica comum, de análises, expectativas e objectivos. Não mais do que isso. O facto de recusar envolver-me mais nesta polémica, não me retira a razão nem questiona a veracidade dos factos apontados, nomeadamente o conhecido silêncio institucional que contrasta com o facto do Governo Regional ter sido obrigado muitas vezes a ir a combate, sozinho. Mas isso nada tem a ver com a importância do CINM para a Madeira, enquanto fonte geradora de receitas. Porventura o que os madeirenses precisariam de ser melhor esclarecidos, tem a ver com a dimensão dos benefícios fiscais atribuídos no quadro do CINM, e sobre qual a razoabilidade de algumas empresas, que funcionavam no centro da cidade, e para o mercado regional, se terem instalado no CINM, saber quantos postos de trabalho gerou o CINM/Zona Franca e quais os que tem neste momento, devidamente comprovados, bem como quais os prejuízos causados à Madeira, de facto, em consequência da suspensão das negociações com Bruxelas. Não fui eu a noticiar que a IFG estava a realizar uma auditoria aos benefícios fiscais concedidos no quadro da Zona Franca/CINM. Foi o “Correio da Manhã” e mais recentemente a RTP, com confirmação do Ministério das Finanças. Não fui eu a afirmar que a “troika” poderá ter “lixado” o prolongamento desses benefícios fiscais. Foi o PS local por via de um requerimento entregue no parlamento, e que a seu tempo será discutido, a que se juntou uma notícia, com poucos dias, da RTP nacional. E podia ainda falar de dois livros recentes, nenhum deles da minha autoria! Por tudo isso, esta situação de “pena leve”, que não me incomoda rigorosamente nada, diverte-me e intriga-me. Pois caso o tivessem feito, em muitas outras ocasiões e há muito tempo a esta parte – impedindo muita porcaria – teriam poupado muita especulação, suspeição e dúvida. Da minha parte, repito, ponto final neste assunto porque não me interessa rigorosamente para nada. Sinceramente tenho mais que fazer e com que me preocupar, neste momento e nesta conjuntura" (Jornal da Madeira)

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