Diz o Publico que "a Metro de Lisboa vai vender obrigações no valor de 35 milhões de euros, com garantia do Estado, aumentando assim a emissão já autorizada pelo Governo, em Dezembro de 2010. Nessa altura, foi decidida uma emissão de 85 milhões de euros “para fazer face a necessidades de investimento”, relacionadas com a execução do plano de expansão da empresa, detida a 100 por cento pelo Estado. A nova operação vai ser integrada "na mesma categoria de obrigações" da anterior e é justificada com os investimentos a realizar pela Metro de Lisboa, “procurando assegurar elevados padrões de qualidade e segurança no âmbito do serviço público”. Além disso, o Governo argumenta que a decisão tem “interesse para a economia nacional”, devido ao “impacto económico, social e ambiental” dos serviços prestados pela empresa. E refere, ainda, que a emissão de 35 milhões de euros de dívida está em linha com “as orientações relativas à variação do endividamento” dirigidas às empresas públicas. Recorde-se que o Governo tinha imposto um tecto máximo de sete por cento ao Sector Empresarial do Estado (SEE). A contar para o défice A venda de obrigações vai contar com “a concessão de garantia pessoal do Estado”, refere o despacho, acrescentando que a taxa cobra será de “0,2 por cento ao ano” e que vencerá em 2025, ano em que a companhia terá de pagar aos investidores. A Metro de Lisboa foi uma das empresas públicas que entrou para o perímetro de consolidação do défice, na sequência da revisão das regras do Eurostat, que determina a inclusão de todas as companhias cujas receitas próprias não cheguem a 50 por cento dos custos. Tal como a maioria das transportadoras públicas, o endividamento do metro lisboeta é elevado (3834 milhões de euros), os prejuízos rondam 150 milhões e os capitais próprios têm vindo a agravar-se, situando-se em 333 milhões negativos, de acordo com os dados mais recentes, relativos ao exercício fiscal de 2009. As dificuldades financeiras da empresa têm levado a cortes na sua notação financeira. A mais recente partiu da Standard & Poor’s, que cortou o rating da Metro de Lisboa, que já estava na categoria lixo, em dois níveis, no final de Março”.
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