quarta-feira, abril 20, 2011

Metade dos jovens entre os 20 e 24 anos não tem o secundário

Diz a jornalista do Económico, Ana Petronilho, que "só 55% dos portugueses nesta faixa etária concluiu o secundário, a segunda pior taxa da UE. Portugal é o segundo país da União Europeia (UE) com a pior taxa de conclusão do ensino secundário, na população entre os 20 e os 24 anos. Abaixo dos portugueses, com 55,5%, só a ilha de Malta com 52,1%. Um resultado muito abaixo da média da União Europeia, 78,6%, e ainda mais baixo do que os 85% tidos como o objectivo para 2010. O país da UE com os melhores resultados é a Eslováquia, com 93,3%. No entanto, nem tudo são más notícias para Portugal. Desde o ano 2000 que a taxa de conclusão do ensino secundário dos portugueses tem vindo a crescer e houve um aumento de 12,3 pontos percentuais de portugueses com o 12º ano. No ano 2000 menos de metade (43,2%) da população com esta idade tinha completado o ensino secundário. Estes são alguns dos resultados do mais recentes do relatório da Comissão Europeia sobre o progresso da educação, desde o ensino pré-escolar ao ensino superior, e que define vários objectivos atingir pelos países até 2020. O estudo revela ainda que, em média, mais 5% das mulheres terminam o ensino secundário, em relação aos homens, desde o ano 2000. Outro dos indicadores analisados por Bruxelas é o abandono precoce do sistema educativo, onde Portugal volta a surgir como um dos países mais problemáticos da UE. Também aqui os portugueses, entre os 18 e os 24 anos de idade, têm a segunda taxa mais alta de abandono do ensino, ao lado dos espanhóis. Em 2009, foram 31,2% dos indivíduos entre estas idades que optaram por sair do sistema de ensino, apesar desta percentagem ter baixado 12,4 pontos percentuais desde o ano 2000. A taxa mais alta de abandono escolar, entre os países da UE, é novamente de Malta, com 36,8% e os italianos estão perto dos 20%, sendo a média da UE de apenas 14,4%. Percentagens muito acima da meta traçada pela União Europeia que pretende que os países não ultrapassem os 10% de abandono escolar, até 2020. "O abandono escolar precoce continua a ser um problema que afecta um em cada sete jovens na UE e um em cada cinco alunos ainda têm, aos 15 anos, fracas competências no domínio da leitura", comentou a comissária responsável pela Educação, Androulla Vassiliou. Estes números contrastam com os resultados que foram atingidos no aumento de diplomados em matemática, ciência e tecnologia. Portugal cresceu 193% nesta área sendo o país da UE que registou o maior crescimento, entre 2000 e 2008, seguido da Eslováquia (185,8%) e da República Checa (141,3%). Um aumento que também foi acompanhado pelo índice da formação de adultos ao longo da vida, que passou dos 4,1% em 2005 para os 6,5% em 2009, sendo que Bruxelas aponta uma meta de 15% em 2020. Neste indicador, os melhores resultados foram conseguidos pela países escandinavos. "A boa notícia é que os níveis de ensino na Europa aumentaram. Mais jovens completam o ensino secundário, rematou a comissária".

Sem comentários: