quarta-feira, abril 20, 2011

Governo francês anuncia congelamento de salários da função pública em 2012

Li no Jornal de Negócios que "o governo francês anunciou que em 2012, pelo segundo ano consecutivo, vai congelar os salários da função pública como uma das medidas para cumprir os objectivos de combate ao défice público. O ministro do Orçamento francês, François Baroin, considerou que esta decisão garante apesar de tudo "um aumento respeitável do poder aquisitivo dos funcionários no ano que vem". Depois de uma reunião hoje de manhã com as organizações sindicais, Baroin recordou que o poder de aquisição dos funcionários públicos "que aumentou mais de 10 por cento desde 2007, se manterá por uma série de medidas individuais para cada um dos departamentos da função pública".Os sindicatos, contudo, lamentam que sejam os trabalhadores dos sector público a "pagar" a política de rigor do executivo, no mesmo mês em que o governo propôs que as empresas com dividendos paguem um prémio de até mil euros a cada trabalhador, como forma de repartir de forma mais equitativa os lucros das empresas. "Confiávamos que a decisão do ano passado ia ser revista e que ia haver um reconhecimento salarial para os funcionários. A recuperação económica passa também pela recuperação do poder de aquisição", sublinhou à saída do encontro a secretária geral da Federação Sindical Unitária (FSU), Bernadette Groison. Em Junho do ano passado o então ministro do Trabalho, Eric Woerth, depois de confirmar o compromisso de 2008 de lhes dar a partir de Julho uma subida de 0,5 por cento, foi o encarregado de oficializar o congelamento dos salários dos funcionários para 2011, e de indicar que se iniciariam negociações para discutir a evolução em 2012. O défice público da França, segundo números oficiais, foi de 7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 e a dívida pública ascendeu a 81,7 por cento do PIB, contra 78,3 por cento no ano anterior. O executivo marcou como objectivo diminuir o défice para 6 por cento do PIB este ano, para 4,6 por cento do PIB em 2012 e para um valor abaixo de 3 por cento em 2013, ano em que pretende cumprir o limito imposto pelo pacto de estabilidade da Zona Euro".

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