segunda-feira, abril 11, 2011

FMI: vai o "Mr. Blue Eyes" entalar-nos?

Diz o Económico que "Poul Thomsen trabalha há 29 anos no Fundo Monetário Internacional. Na Grécia, onde esteve antes, é conhecido por Mr. Blue Eyes. Poul Thomsen, o homem que vem a Portugal chefiar a delegação do FMI, ainda hoje faz furor na Grécia. Seja pelas medidas de austeridade, seja pela cor dos olhos, os jornais ainda hoje se referem a ele como o "Mr. Blue Eyes" (senhor olhos azuis). Presume-se que não seja um elogio até porque Thomsen não é homem de meias medidas. No ano passado, quando aterrou na Grécia, o primeiro país da zona euro a pedir ajuda ao FMI, disse que se fosse preciso o país teria de vender terras e o velho aeroporto para equilibrar as contas públicas. Na Islândia, onde também esteve, Thomsen voltou a usar um discurso duro. Explicou que a nação precisava de uma política monetária rígida e o primeiro passo seria o de estabilizar a moeda islandesa. Os bancos interpretaram da maneira que mais lhes convinha. Ou seja, o melhor seria impedir os islandeses de levantar o dinheiro dos bancos. Em Portugal, ainda ninguém sabe o que ele dirá, mas a avaliar pelo que se passou nos outros países teme-se o pior. Thomsen é natural da Dinamarca e trabalha na instituição desde 1982, há 29 anos, possuindo uma grande experiência na implementação de programas. Além das negociações na Grécia e na Islândia, coordena o trabalho das equipas responsáveis pela Ucrânia e pela Roménia. Tal como na Grécia e na Irlanda (aqui, a representação do FMI esteve a cargo de Ajai Chopra), a direcção do Fundo Monetário Internacional não se livra de polémicas. Na Irlanda, os jornais noticiaram que Chopra dormiu num hotel de cinco estrelas que rondava os 200 euros por noite. Na Grécia, a imprensa descreveu um suposto jantar de Thomsen num conceituado restaurante ‘gourmet', especialista em comida molecular. Não se sabe se o jantar aconteceu ou não, mas uma coisa é certa: além das competências técnicas, às vezes também é preciso um bocadinho de alquimia para salvar um país falido".

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