quinta-feira, abril 07, 2011

Berlim avisa que ajuda externa exigirá reformas a Portugal

Escreve o Publico que "o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schaeuble, referiu-se hoje ao pedido de ajuda financeira do Governo português como um “passo sensível e necessário” para Portugal ultrapassar a crise, mas frisou que o actual mecanismo de socorro só é accionado com um “programa de ajustamento” de reformas no país. Em comunicado, Wolfgang Schaeuble sublinha a necessidade de um pedido de ajuda externa – o terceiro a ser accionado na zona euro, a seguir à Grécia e à Irlanda –, um acto isolado que os mercados também consideravam há muito inadiável. Os primeiros sinais a considerarem positivo o pedido de assistência financeira vieram do círculo próximo da chanceler alemã, Angela Merkel, segundo vários responsáveis citados pela agência Reuters. Para o vice-ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Werner Hoyer, a decisão, esperada, veio evitar o risco de efeito dominó na zona euro. A inevitabilidade do pedido foi repetida por Volker Wissing, responsável pela comissão parlamentar das Finanças. O dirigente democrata cristão Peter Altmaier falou da ajuda como “a melhor solução [que o executivo de José Sócrates tomou] nas circunstâncias” actuais e que devem, por isso, ter “o apoio unânime e entre os partidos no Parlamento”. E fez questão de frisar que as condições em que a ajuda é negociada foram sendo tornadas claras desde o ano passado – a Grécia recebeu em Maio um pacote de emergência sob condição de aplicar medidas de forte austeridade e o mesmo se passou, depois, com a Irlanda, que já recebu ajuda depois de estar implementado o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF). Por isso, a ajuda será dada no âmbito “das regras restritas do Fundo Monetário Internacional e do EFSF”, acrescentou à agência ANP Jan Kees de Jager, ministro holandês das Finanças (próximo das posições alemãs nas questões económicas da zona euro)".

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