António Capucho recusou ser subalterno de Fernando Nobre....
Diz o Jornal de Negócios que "António Capucho desvendou porque recusou concorrer às eleições pelo PSD: não aceita que Fernando Nobre fique à sua frente nas preferências para a presidência da Assembleia da República. A confissão consta de uma carta enviada aos "amigos e Companheiros" do PSD-Cascais. António Capucho não gostou de ter sido preterido por Passos Coelho na corrida ao lugar de presidente da Assembleia da República. E foi por ter entendido que tem mais perfil do que Fernando Nobre para o lugar de segunda figura da Nação que recusou o convite do líder laranja para integrar as listas do PSD nas próximas eleições de 5 de Junho. Os motivos de António Capucho, que há cerca de uma semana tinha invocado razões "íntimas" e independentes da liderança de Pedro Passos Coelho, estão hoje explicados no jornal "Sol", e em discurso directo. O antigo presidente da Câmara de Cascais enviou um email ao PSD-Cascais onde explica a par e passo os contactos que manteve com o líder do PSD, o seu juízo sobre a impreparação de Fernando Nobre para o cargo, e os motivos pelos quais se sente traído pela escolha. Para Capucho, só há três pessoas que poderiam legitimamente ultrapassá-lo na candidatura a presidente da Assembleia da República: Manuela Ferreira Leite, Luís Marques Guedes ou Mota Amaral. Fernando Nobre, embora tenha qualidades pessoais e cívicas, "é politicamente inconsistente como abundantemente demonstrou na última campanha eleitoral", além de não ter "curriculum político minimanente comparável" ao seu. Para Capucho é "grave", "chocante" e "inexplicável" o compromisso de candidatar Nobre "à Presidência da Assembleia da República. Estamos a falar da segunda figura do Estado que pode ser chamado a qualquer momento a substituir o Presidente da República, caso em que teríamos um político sem preparação e anti-europeísta no cargo cimeiro do Estado", atira Capucho. Um curriculum que contrasta com a sua vasta experiência política. Desculpando-se pela "imodéstia", António Capucho puxa das suas credenciais para recordar que já foi vice-presidente do parlaemnto Europeu, Ministro dos Assuntos Parlamentares e líder parlamentar, "para além de todos os outros cargos que o meu curriculum atesta. Fui cabeça de lista em Setúbal e em Faro, ganhei eleições para o Parlamento Europeu contra o PS com João Cravinho, e obtive por três vezes mais de 50% dos votos para a Câmara de Cascais". Ignorado que foi o seu curriculum, Capucho preferiu ficar de fora".
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