Segundo o Diário dos Açores, "as farmácias dos três hospitais açorianos integrados no Sistema Regional de Saúde (SRS) vão passar a dispensar medicamentos em unidose nos termos de um diploma aprovado hoje pela Assembleia Legislativa. A ideia é possibilitar que os utentes do SRS saídos de um internamento ou de um atendimento nas urgências possam adquirir na farmácia hospitalar a medicação prescrita na exacta quantidade que lhe foi preceituada e a um preço mais baixo. Na ausência de oferta suficiente no mercado das farmácias de oficina, a dispensa de medicamentos em unidose poderá ainda ser dispensada aos utentes da consulta externa através dos serviços farmacêuticos das unidades de saúde. O diploma, da iniciativa do Governo, determina também que o preço máximo de cada medicamento dispensado em unidose “é igual ao menor preço unitário de todas as embalagens maiores comercializadas e comparticipadas da mesma substância activa, com a mesma dosagem e forma farmacêutica”. Estabelece igualmente que os medicamentos dispensados em unidose pelas farmácias hospitalares “estão sujeitos às regras de comparticipação aplicáveis ao mesmo medicamento quando dispensado em embalagens industrializadas”. No prazo de 180 dias, o Governo dos Açores procederá à regulamentação deste diploma, “nomeadamente quanto à dispensa, embalagem e identificação do medicamento em unidose”. Para além de “atenuar o desperdício resultante da inadequação das embalagens aos tempos de tratamento”, a dispensa de medicamentos em unidose nas farmácias dos hospitais possibilitará ainda “reduzir a despesa” suportada quer pelos utentes, quer pelo Serviço Regional de Saúde. Por força da implementação desta iniciativa, o Secretário Regional da Saúde antecipa uma poupança anual da ordem dos três milhões de euros nas comparticipações dos medicamentos. Além do mais, avançou Miguel Correia, também os próprios utentes poderão ter uma poupança considerável, já que o desperdício resultante da inadequação das embalagens está estimado em cerca de 6,6 milhões de euros, correspondentes a 10 por cento do valor total de medicamentos vendidos anualmente nos Açores”.
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