A produtividade aparente do trabalho, aferida pela relação entre o PIB (ou o VAB) e o emprego que lhe está subjacente, é visível quando se analisa a figura 3 que apresenta os índices de disparidade regional da produtividade. Neste caso, apenas duas regiões, Norte e Centro, não superaram a média nacional (33,5 milhares de Euros, índice 100, valores de 2009). O máximo e o mínimo observados em relação à média nacional, registaram-se, respectivamente, nas regiões do Alentejo Litoral e de Alto Trás-os-Montes. No que respeita ao Alentejo Litoral os resultados estão relacionados com a localização de actividades económicas com elevado rácio capital/trabalho na zona de Sines. As principais oscilações deste indicador relativamente à média nacional verificaram-se na região Norte, entre o Grande Porto (110,6) e Alto Trás-os-Montes (61,4), na região Centro, entre o Baixo Mondego (96,6) e o Pinhal Interior Sul (60,9), na região de Lisboa, entre a Grande Lisboa (128,9) e a Península de Setúbal (107,8) e na região do Alentejo, entre o Alentejo Litoral (136,1) e o Alto Alentejo (97,6).
O grau de coesão regional pode ainda ser avaliado através de outra medida de dispersão, habitualmente apresentada pelo Eurostat na divulgação dos resultados para o conjunto das regiões europeias, que corresponde ao desvio absoluto médio do PIB per capita e da produtividade, ponderado pela população das regiões. A figura 4 apresenta estes dois indicadores, para o período de 1995 a 2009. Para 2009, num contexto de redução da actividade económica, estima-se que ambos indicadores tenham diminuído.Em 2009, a região de Lisboa e a Região Autónoma da Madeira, esta última apenas ligeiramente, superaram a média da União Europeia (UE 27=100) do PIB per capita avaliado em Paridades de Poder de Compra (PPC), ver figura 5. O PIB per capita das regiões Norte, Centro, Alentejo, Região Autónoma dos Açores, Algarve, Região Autónoma da Madeira e Lisboa correspondiam, respectivamente, a 65%, 67%, 74%, 77%, 87%, 105% e 110%, sendo 80% a nível nacional. A apreciação destas assimetrias deve ter em conta que a conversão de euros para PPC, aplicável no quadro da regulamentação da União Europeia, é feita uniformemente para todas as regiões de cada Estado Membro, mas que as diferenças intra-nacionais em termos de preços relativos não estão contempladas neste indicador ao nível de NUTS II ou NUTS III.
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