"As pessoas habituaram-se a ouvir enormidades sobre a Região Autónoma da Madeira, nalguns meios nacionais de comunicação social, por sinal sempre os mesmos.
Em termos dos espectros sociais da Opinião Pública, tal não me preocupa tratando-se da classe média para cima, até os estratos mais favorecidos. Viajam à Madeira, constatam a realidade, e não é o que lêem e ouvem, que topam bem, que os faz mudar de opinião.
O problema subsiste, sim, em relação às classes mais desfavorecidas. Não por terem possibilidades de comprar imprensa escrita, mas porque, infelizmente não tendo posses para viajar à Madeira, vão ouvindo barbaridades como essa de o desenvolvimento da Madeira se ter feito à custa do Continente, e sendo-lhes apagados cinco séculos e meio de História, em que, comprovadamente, dois terços do valor gerado pelo suor do Povo Madeirense foi parar a Lisboa. Insisto, parar a Lisboa, que não ao bolso de todo o Povo português, coitado.
Dou uma sugestão, para avaliar melhor as enormidade difundidas.
Procurem saber em que interesses a Madeira toca, quando se manifesta contrária ao sistema político-constitucional vigente, que todos gramamos.
Detectem o incómodo dos interesses sediados em Lisboa, quando defendemos a descentralização de todo o Portugal.
Saibam quais os compromissos políticos, e até partidários, de certos correspondentes ou de certas pessoas que salivam as habituais tontices sobre a Madeira.
Perguntem-se sobre o que estará por detrás de se gastar tanto papel e tanto “tempo de antena” – que custam dinheiro - só com um território pobre como a Madeira, não o fazendo com outros em situações muito mais criticáveis.
Reúnam as peças deste jogo.
Aí tem, meu caro amigo, aí tem a resposta!".
Em termos dos espectros sociais da Opinião Pública, tal não me preocupa tratando-se da classe média para cima, até os estratos mais favorecidos. Viajam à Madeira, constatam a realidade, e não é o que lêem e ouvem, que topam bem, que os faz mudar de opinião.
O problema subsiste, sim, em relação às classes mais desfavorecidas. Não por terem possibilidades de comprar imprensa escrita, mas porque, infelizmente não tendo posses para viajar à Madeira, vão ouvindo barbaridades como essa de o desenvolvimento da Madeira se ter feito à custa do Continente, e sendo-lhes apagados cinco séculos e meio de História, em que, comprovadamente, dois terços do valor gerado pelo suor do Povo Madeirense foi parar a Lisboa. Insisto, parar a Lisboa, que não ao bolso de todo o Povo português, coitado.
Dou uma sugestão, para avaliar melhor as enormidade difundidas.
Procurem saber em que interesses a Madeira toca, quando se manifesta contrária ao sistema político-constitucional vigente, que todos gramamos.
Detectem o incómodo dos interesses sediados em Lisboa, quando defendemos a descentralização de todo o Portugal.
Saibam quais os compromissos políticos, e até partidários, de certos correspondentes ou de certas pessoas que salivam as habituais tontices sobre a Madeira.
Perguntem-se sobre o que estará por detrás de se gastar tanto papel e tanto “tempo de antena” – que custam dinheiro - só com um território pobre como a Madeira, não o fazendo com outros em situações muito mais criticáveis.
Reúnam as peças deste jogo.
Aí tem, meu caro amigo, aí tem a resposta!".
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