domingo, maio 10, 2009

Recomendação lógica

É prática na maioria dos meios de comunicação social nacionais - não tenho a certeza mas creio que existem imposições legais que o determinam - que todas as deslocações de jornalistas ou colaboradores em representação de qualquer meio de informação, para cobertura de um acontecimento em concreto, caso não resulte de uma iniciativa da própria empresa, aliás raríssima nos tempos que correm, deve ser identificada com a frase "o jornalista viajou a convite de....". É transparente e dissipa dúvidas que por vezes se colocam. Por exemplo (em 2006) "Começou por ser um acto isolado do Público, mas hoje há outros jornais a seguir a regra de identificar as viagens ao estrangeiro quando são feitas/pagas a convite da entidade que se quer promover: o Diário de Notícias, o Diário Económico* e o Jornal de Negócios, por exemplo já o fazem.O processo está ainda muito no início e ainda não é coerente (nos suplementos de economia do DN e JN há hoje, por exemplo, reportagens feitas na Coreia do Sul, sobre a chegada da empresa LG a Portugal, mas não aparecem identificadas como tal), mas parece irreversível. E vai ter consequências. Os que não se identificarem correm o risco de perder (um traço de) credibilidade - sobretudo quando o mesmo assunto está na concorrência assinalado como tal! A maioria diz qualquer coisa como "o jornal ou o jornalista viajou a convite de..."; o DE é menos firme: "Esta é uma viagem da Jerónimo Martins com um grupo de jornalistas para conhecer as operações do grupo na Polónia". Ou ainda: "O Público viajou a convite da Portugal Telecom" e "O Público viajou no avião fretado pela Presidência da República". Sobre este tema recomendo ainda a leitura desta notícia sobre um jornalista do The Washington Post teve de devolver o dinheiro de uma viagem, porque os seus superiores acharam que não era lícito ter viajado a convite. Ou ainda o livro de estilo do Público ou o site do provedor do leitor deste jornal.

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