Impressionante e grave, ao ponto de não saber se poderemos aguentar por muito mais tempo uma proliferação infindável de situações sociais como estas, que naturalmente aos poucos vão atiçar as pessoas contra a política e os políticos. Impressionou-me a reportagem publicada hoje no DN do Funchal, porventura relatando pela primeira vez e ao pormenor situações que admito sejam iguais a tantas outras que por aí existem, mas não são reveladas, trabalho da autoria do jornalista Emanuel Silva e intitulada "Casa ao banco aos 50 anos - O drama contado na 1.ª pessoa por quem se prepara para entregar o T2 ao banco". Dramático. E criam-se dispensáveis associações, alegadamente para "defesa" não se sabe de quem, nem como, que falam muito mas que na realidade parecem servir para dar tachos a alguns "tótós" carecidos de protagonismo na comunicação social. E podem-se acusar de demagogia ou de hipocrisia, mas acho intolerável que os partidos, todos sem excepção, andem a discutir no silêncio dos gabinetes, em reuniões fechadas, negócios e negociatas milionárias, à custa do erário público, e que se preparem para gastar milhões em campanhas eleitorais folclóricas que de pouco ou nada servem - o fundamental são os debates que não se realizam - e ignorem situações como estas ou em torno delas façam demagogia da mais absurda.
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