sábado, maio 16, 2009

Excessivo e desnecessário

A propósito da visita, ontem, do primeiro-ministro o Público publicou num dos seus cadernos uma reportagem, através da qual retoma a questão da independência, sem contudo apoiar tal opção. Das duas, uma: ou confirma-se que a preocupação com o separatismo é mais forte fora da Região que na Madeira, onde tal tema é nulo, ou estamos perante (recordo que até já promoveram sondagens entre os continentais sobre este tema!...) ou foi apenas um facto político, sem impacto, destinado a manter viva uma ideia absurda, colando-a à visita der Sócrates. Contudo, aqui fica o link para a reportagem assinada pelo jornalista e correspondente no Funchal, Tolentino Nóbrega, na qual não falta o inevitável “único economista” da Madeira, o único cérebro iluminado destas bandas, o “único” iluminado capaz de falar em “questões sérias” e que se reclama de portador de “respostas, alternativas, soluções, remédios e milagres” para os nossos problemas. O que intriga é que perante os números ontem divulgados, comportam-se quais ratos – mas já têm a experiência de Maio de 2007 que fugiram enquanto era tempo e nem aproveitaram os sumos e os “dentinhos”… Falo dos indicadores estatísticos sobre a queda do PIB, este ano, em mais de 3% e do aumento de desemprego para 9% (na realidade situar-se-á nos 9,5% devido ao malabarismo feito com os indicadores, caso dos desempregados em formação e dos desempregados que deixaram de procurar emprego – ele sabe do que falo…) que confirmam o descalabro da gestão socialista, e mostram que nenhuma das medidas anunciadas surtiu efeito. Depois têm a lata, a pouca-vergonha, o descaramento de exigirem na Madeira isto e mais aquilo, berrando que até ferem os tímpanos – como se essa gritaria lhes desse razão. Eu até acho bem. Cada vez que eles abrem a boca, lá perdem mais votos. Mas quando se trata de avançar, de ir para o combate e dar a cara - não refugiados em segundas linhas e depois garantir o lugarzito – aí as coisas mudam de figura. Mas sobre isso ninguém fala, porque não se trata de “perseguição” nenhuma. Como os motivos nada têm a ver com a política – ou melhor, eventualmente passam por exigências e pressões visando o envolvimento de estruturas da política para fins que nada têm a ver com a política… - já ninguém fala do assunto. Claro que os ataques – ainda ontem no DN local se leu – a Trindade, responsabilizando o secretário de estado pela situação no PS local (ou pelo afastamento de Maximiano e Serrão? Ou por não ter aceite envolver-se propostas ou dar ouvidos a ideias iluminadas de negociatas? – são normais, e por isso não merecem, mais nenhum desenvolvimento. Nem sequer saber a origem dessas intrigas entre socialistas. Porque JCG e seus colaboradores mais directos, não terão sido os causadores, já que o próprio anunciou que Bernardo Trindade será o cabeça de lista às legislativas de Outubro, seguido do jornalista da RTP Luís Miguel França e Isabel Sena Lino. Então quem passou essa mensagem, com que intenção, fazendo parte de que grupo de pressão?

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