Segundo o jornal "I", num texto do jornalista Adriano Nobre, o passivo bancário da RTP ficou 94 milhões de euros acima do que estava previsto no Acordo de Reestruturação Financeira do operador de serviço público de rádio e televisão para o ano de 2008: "Este documento, assinado em 2003 entre o Estado e a RTP - quando o passivo da empresa ultrapassava os 1,4 mil milhões de euros -, previa que a dívida aos bancos se situasse, em 2008, nos 787,3 milhões. As contas do último ano revelam, porém, que o passivo se fixou em 881,3 milhões de euros. O desfasamento entre os valores é, em parte, justificado pela actual administração da empresa com atrasos do Estado, que é o único accionista da RTP, e devia ter concretizado uma dotação de capital de 56 milhões de euros. Não o fez.A verba está inscrita no acordo para compensar a regularização das dívidas fiscais que a empresa tinha em 2003. Embora essa dívida já tenha sido paga pela RTP, o Estado não cumpriu com a dotação. Ora o plano de reestruturação financeira da RTP, que prevê um passivo zero em 2019, não estipula nenhum prazo para cumprir a injecção de capital, logo a responsabilidade formal não pode ser imputada ao próprio Estado".
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