Em círculos políticos da capital, incluindo fontes próximas a assessorias de imprensa, corre cada vez mais a convicção de que José Sócrates, agastado com o chamado “caso Freepoort”, a que se juntam algumas “cenas políticas” internas no quadro da actividade do PS na Assembleia da República (a pressão de Alegre, as votações do grupo dos cinco” e as posições recentes de alguns deputados do PS no caso do relatório sobre a TAP/Airbus), terá dado instruções restritas a alguns colaboradores mais próximos para que seja estudada, “ao pormenor” a eventual, repercussão de uma demissão antecipada do governo, como forma de provocar eleições antecipadas, preferencialmente simultâneas com as europeias. A dúvida parece residir no desconhecimento da opção de Cavaco Silva. Caso o PS tivesse a confirmação de que Cavaco aceitaria uma acumulação das europeias com as legislativas nacionais e transmitisse essa sua posição ao PSD, seria possível desencadear os mecanismos necessários para a antecipação das eleições para a Assembleia da República. Neste momento – e as pessoas acreditam ou não no que digo – Sócrates parece pouco interessado em assumir posições de força e em transformar uma demissão forçada do governo.
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