segunda-feira, janeiro 26, 2009

5.000 professores na reforma desde Março

Li aqui que "são mais de cinco mil professores que entraram na reforma, desde Março de 2008, quando se agudizou a luta contra o Ministério da Educação. Segundo os sindicatos, aposentam-se por descontentamento com a situação do sector. Isabel de Melo é professora há 38 anos e há 11 anos que dá aulas de História na Escola Secundária Jaime Cortesão, em Coimbra. Precisava de trabalhar mais dois anos para não ser penalizada na reforma. Mas diz que não aguenta mais. Em Julho, quando fizer 60 anos, vai pedir a reforma antecipada, mesmo sabendo que vai sofrer uma penalização de 9%."Sempre gostei muito da minha profissão. Mas com esta falta de respeito do Ministério da Educação, não vale a pena o sacrifício. Quero sair", confessou, ao JN, queixando-se do aumento do trabalho burocrático e criticando os modelos de avaliação dos professores e de gestão das escolas. "Sou do tempo do reitor. Não quero este modelo (gestão). Já o experimentei no fascismo", sustenta. São professores como Isabel de Melo que estão a pedir, em massa, a reforma antecipada. Desde Março, altura da primeira grande manifestação contra o Ministério da Educação, foram mais de cinco mil os docentes, de todo o país, que pediram a aposentação. "Estamos a falar de professores de topo de carreira, que já passaram por muitas reformas educativas. Trata-se de uma perda muito significativa porque são professores com uma grande experiência, que estão a ser substituídos por professores contratados", sublinha, ao JN, o presidente da Associação Nacional de Professores, João Grancho. Se são mais de cinco mil os que pediram a reforma, são muitos mais os que já acorreram aos sindicatos para determinar que perdas de vencimento terão se anteciparem a reforma, garante Mário Nogueira. "Isso tem a ver com um desgaste muito grande", justifica o secretário-geral da Fenprof e porta-voz da Plataforma Sindical dos Professores, adiantando que há docentes que assumiram perdas de 40% porque sentem que "não dá mais para aturar a política do Ministério da Educação".
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Debate sobre proposta de suspensão de avaliação

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PS chumba suspensão da avaliação professores

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Processo de avaliação está em curso nas escolas

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Quatro dirigentes do Sindicato dos Professores do Norte demitem-se do PCP

Entretanto, ficamos a saber que "quatro dirigentes do Sindicato dos Professores do Norte (SPN) demitiram-se do PCP, acusando o partido de se imiscuir na vida interna da estrutura sindical. A decisão, segundo um dos demissionários, não foi tomada em conjunto."Os sindicatos são estruturas independentes quer o PCP goste ou não goste", disse Júlia Vale, membro do secretariado nacional e do conselho nacional da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e dirigente do SPN. Júlia Vale enviou uma carta à direcção nacional do PCP anunciando o desejo de deixar de ser militante do partido onde está "desde os 11 anos de idade". Abel Macedo, coordenador, juntamente com Manuela Mendonça, do Sindicato dos Professores do Norte, demitiu-se com uma longa carta onde explica os motivos que o levaram a abandonar o partido. Também Adriano Teixeira de Sousa e Carlos Midões, dirigentes sindicais, apresentaram cartas de demissão. Os antigos militantes do Partido Comunista Português (PCP) pretendem continuar a exercer funções no SPN".
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Avaliação internacional aplaude encerramento de escolas
Hoje ficamos a saber que "o aplauso ao encerramento das "pequenas e ineficazes escolas do primeiro ciclo (do ensino básico)", à "oferta da escola a tempo inteiro" e recomendações sobre o enriquecimento curricular integram os resultados de uma avaliação internacional, apresentada com a presença do primeiro-ministro, José Sócrates, e da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, além da responsável pelo departamento das Políticas da Educação e Formação da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), Deborah Roseveare. No sumário dos resultados da avaliação e recomendações disponibilizado à Lusa, refere-se que as reformas iniciadas em 2005 "reflectem uma visão política clara e um elevado nível de conhecimento estratégico", assim como uma "resposta corajosa e imaginativa" aos desafios do sistema educativo que não produzia os "resultados necessários". Entre os resultados positivos a avaliação aponta o "excelente modelo de formação contínua dos professores", a existência de formadores de professores nos agrupamentos de escolas, assim como a alteração das regras para a escolha dos directores dos agrupamentos. O relatório também faz recomendações nomeadamente para a área do "enriquecimento curricular". São indicados "alguns inconvenientes" por, na maioria das escolas, o enriquecimento curricular se desenvolver em sala de aula e usar métodos de ensino dirigidos pelo professor, semelhantes aos do currículo nuclear. "O efeito é o de alongar o currículo através do acréscimo de disciplinas suplementares, tornando o dia escolar muito longo para as crianças". Também se sugere um planeamento flexível para os casos em que há carência de professores para áreas específicas. É ainda referido o "progresso lento em Lisboa" da substituição do regime duplo pelo de tempo inteiro, sendo os principais obstáculos os custos financeiros para comprar terrenos para construir escolas, substituindo os edifícios de fraca qualidade, e a capacidade dos pais que trabalham na cidade pagaram os serviços de apoio. O documento foca ainda a falta de complementaridade da avaliação interna dos processos educativos por uma avaliação externa, sugerindo a observação das práticas de ensino nas visitas da Inspecção-Geral da Educação, como já aconteceu. O Ministério da Educação informou ainda ter ao seu serviço 12.160 docentes na educação pré-escolar e do primeiro ciclo com antiguidade inferior a 10 anos, dos quais 5.131 estão nas escolas há menos de três anos. A maior parte (5.748) dos docentes formaram-se no ensino superior particular e cooperativo. O ensino superior público politécnico conta como origem para 4.281 e no ensino superior público universitário formaram-se".
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Sócrates elogia "resistência" da ministra da Educação

Um assunto, e declarações de Sócrates, que pode ler mais desenvolvidamente nesta notícia do Sol.
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Governo satisfeito com condições de aprendizagem no ensino básico

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