domingo, novembro 20, 2022

PRR: Há "risco" na atribuição de casas na Madeira que pode comprometer novo desembolso

 

O alerta é dado pelo presidente da Comissão de Acompanhamento do PRR, Pedro Dominguinhos, em entrevista ao Negócios e à Antena 1. Constrangimentos na construção, devido à inflação e escassez de matérias-primas, podem atrasar entrega de 190 habitações sociais apoiadas na Madeira. O presidente da Comissão de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Pedro Dominguinhos, considera que a atribuição de habitações na região autónoma da Madeira pode derrapar, devido às dificuldades existentes na construção, com a subida da inflação. O alerta foi dado numa entrevista ao Negócios e à Antena 1.

"Há aqui, diria, um risco adicional porque temos algumas metas, até final do ano, como é o caso da entrega de habitações na Madeira, que podem naturalmente colocar em causa [um novo pedido de desembolso do PRR]", referiu Pedro Dominguinhos. O gestor e "monitor" do PRR referiu que as dificuldades que a indústria da construção está a sentir são conhecidas e verificam-se por via "quer pelo aumento dos preços e, sobretudo, pela escassez de matérias-primas".

O acordo estabelecido com Bruxelas prevê que, até ao final deste ano, sejam 190 habitações sociais apoiadas a famílias que vivam em condições indignas e que não dispõem de capacidade financeira para suportar o custo do acesso de uma habitação adequada. Essas habitações têm de ter "necessidades energéticas primárias, pelo menos, 20% inferiores aos requisitos dos edifícios com necessidades quase nulas de energia" e, pelo menos, "90 metros quadrados".

Pedro Dominguinhos sublinhou, no entanto, que "há um conjunto de metas que até agora foram cumpridas e a perspetiva de serem cumpridas no próximo pedido de reembolso também são elevadas", colocando Portugal mais perto de apresentar um novo pedido de desembolso de mais verbas do PRR no primeiro trimestre do próximo ano (Jornal de Negócios, texto da jornalista Joana Almeida)

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