A notícia foi recebida com desânimo por mulheres e operadores dos parques, que investiram pesadamente no desenvolvimento das instalações. "Não há escolas, não há trabalho... devemos pelo menos ter um lugar para nos divertirmos", disse uma mãe, que pediu para ser identificada apenas como Wahida, enquanto observava os filhos brincarem num parque pela janela de um restaurante adjacente. "Estamos entediados e fartos de ficar em casa o dia todo, as nossas mentes estão cansadas".
"Sem mulheres, as crianças não virão sozinha"
A poucos quilómetros de distância, a roda-gigante e a maioria das outras atrações do Parque Zazai pararam repentinamente por falta de negócios. Antes da proibição desta semana, podia acomodar centenas de visitantes nos dias em que as mulheres traziam os filhos para reuniões de família. Às sextas-feiras e feriados, ainda se aglomeravam mais no parque - uma das poucas atrações da cidade. Esta quarta-feira, apenas um punhado de homens vagueava despreocupadamente pelo complexo.
Habib Jan Zazai, um dos que desenvolveu o complexo, teme que possa ter que fechar um negócio no qual investiu o equivalente a cerca de 11,05 milhões de euros e que emprega mais de 250 pessoas. "Sem mulheres, as crianças não virão sozinhas", explicou. Zazai alertou ainda que estes decretos vão desencorajar o investimento de estrangeiros ou afegãos que vivem no estrangeiro, além de impactar a angariação de receitas (Jornal de Notícias)
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